Na terça-feira 28, o governo federal publicou uma portaria que destina R$ 1,7 bilhão à importação de 300 mil toneladas de arroz. A medida faz parte de um plano estatal para intervir no mercado nacional. Porém, a produção brasileira de 2024 deve ser de 10,5 milhões de toneladas, ou seja, 5% maior que a do ano anterior — quando não houve intervenção estatal.
Além disso, o mercado sem ingerência está em linha com o consumo interno, estimado em cerca de 10 milhões de toneladas por ano.
A intervenção no mercado ocorre na esteira das enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul — Estado que detém 70% da produção nacional de arroz. Contudo, a colheita realizada antes das chuvas garante o abastecimento em níveis até superiores aos da safra anterior, afastando o risco de desabastecimento no país — conforme mostram os números oficiais.
Por volta de 86% das lavouras foram colhidas antes das inundações, pelas estimativas da Companhia da Nacional de Abastecimento (Conab). Isso equivale à colheita de 6,4 milhões de toneladas. Estima-se que outras 700 mil toneladas estejam em áreas que não foram afetadas pelas chuvas. Assim, as previsões mostram uma safra de pouco mais de 7 milhões de toneladas, apesar da catástrofe.
De acordo com a Conab, em 2023 a safra de arroz do Rio Grande do Sul fechou em 6,9 milhões de toneladas. Ainda assim, naquele ano o governo federal não fez importações de arroz nem tentou praticar o tabelamento de preços.
O arroz do governo
As 300 mil toneladas de arroz importadas pelo governo federal serão por meio da Conab. O plano é distribuí-las nas gôndolas de todo o país, com logomarca oficial ao preço máximo de R$ 4 por quilo, como se o Estado, e não o produtor, fosse o responsável por fornecer comida a preços justos para o consumidor.
A estratégia, contudo, deixou o arroz mais caro. Antes dessa portaria, o governo havia programado um leilão para 100 mil toneladas, em 21 de abril. O certame, contudo, precisou ser adiado em razão da elevação dos preços depois do Mercosul, depois do anúncio da intenção de compra, conforme disse Carlos Fávaro, Ministro da Agricultura, ao falar da suspensão.
“Nós iríamos comprar 100 mil toneladas, mas, pelos preços que estavam anunciando, só compraríamos 70 mil”, disse Fávaro, ao anunciar o cancelamento.
Sugiro aos “técnicos” do desgoverno que elaborem uma tabela com os preços máximos a serem praticados, o STF pode monitorar os preços em todos os estabelecimentos varejistas que terão 24h para informar a quantidade vendida e o valor praticado, ficando, sob pena de detenção sem direito à defesa aqueles que descumprirem estas medidas para salvar a democracia e o estado democrático de direito. Uma clara medida de proteção às instituições democráticas.
Tem trambique, pode ter certeza!
Por mim vão apodrecer nas gôndolas . Querem acabar com a produção nacional ?
Ah, esses livros de Economia superados…