O governo do Paraná decretou emergência zoossanitária, na terça-feira 25, para agilizar o combate à gripe aviária. O Estado é o maior produtor de carne de frango do Brasil, a proteína de origem animal mais consumida no país.
Até o momento, o Paraná registrou sete focos de gripe aviária. Contudo, todas as notificações ocorreram em pássaros silvestres migratórios. Por esse motivo, a indústria de alimentos do Estado, assim como a de todo o Brasil, é considerada livre da doença.
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A medida atende a um pedido do Ministério da Agricultura a todos os Estados brasileiros e dura 180 dias. Desse modo, ele visa a agilizar as ações de contenção, caso se detecte uma eventual contaminação na indústria.
A produção paraense de carne de frango
Os frigoríficos paranaenses responderam por 36% de todos os abates do setor de 2022, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal. Pelas contas do governo federal, a produção estadual fechou em 4,4 milhões de toneladas de carne de frango.
Além disso, o país é o maior exportador desse tipo de proteína no planeta. Os embarques para o mercado externo de 2022 fecharam em 4,7 milhões de toneladas, gerando o faturamento de US$ 9,5 bilhões. Os frigoríficos paranaenses fizeram frente a 40% dessa cifra.
Municípios do Paraná com registros de gripe aviária
No Paraná, quatro municípios registraram casos de gripe aviária. São eles: Pontal do Paraná (3), Guaraqueçaba (2), Antonia (1) e Paranaguá (1). Vale lembrar, contudo, que todos eles ocorreram em aves silvestres migratórias. Trata-se de três trinta-reís-de-bando, três trinta-réis-real e uma gaivota-maria-velha.
Perigos aos humanos
A ingestão de carnes e ovos não transmite a doença para humanos. O homem adquire a gripe aviária por meio do contato com aves infectadas ou com os excrementos dela. Assim, o contágio dos humanos geralmente ocorre com aqueles que lidam com as criações sem os devidos cuidados — e a contaminação é rara. Contudo, ela preocupa, porque metade dos doentes morre.