Hambúrguer, tiras de bacon, queijo, presunto, requeijão, maionese, ketchup, mostarda, pão, uma lata de refrigerante e uma barra de chocolate. A lista que poderia ser a de uma oferta comum em qualquer lanchonete tem exemplos que a indústria de alimentos no Brasil é super diversificada — mesmo apresentando apenas uma fatia minúscula dela. Não por acaso, o setor faturou o equivalente a quase 11% do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2023.
A Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) divulgou os dados na quinta-feira, 22. O setor faturou R$ 1,16 trilhão em 2023, de acordo com a instituição. Todo esse impacto no PIB veio a partir da transformação de 60% de toda a produção agropecuária nacional nos itens que tornam a nutrição das famílias mais fácil, prática e acessível.
A riqueza da indústria de alimentos
Ao todo, o setor gerou 270 milhões de toneladas de comida em 2023. O mix de produtos vai muito além das ofertas das lanchonetes.
A lista inclui cafés torrados, arroz sem casca, feijão em grãos, vegetais processados como as batatas congeladas prontas para fritar, todos os cortes de carnes, farinhas, molhos, conservas, sucos, leite, cremes, iogurtes, sorvetes, açúcar, doces em barra, salgadinhos, bebidas alcoólicas e uma série de incontáveis itens que estão em armários, prateleiras, gavetas, geladeiras e mesas de lares e empresas brasileiras — e estrangeiras.
Cerca de de 70% de toda a produção nacional do setor teve o mercado interno como destino. Ou seja: 190 milhões de toneladas ficaram no Brasil. Ainda assim, esse ramo faturou US$ 62 bilhões com exportações em 2023.
De acordo com a Abia, 38 mil empresas formam a indústria brasileira de alimentos. Esses negócios mantêm quase 2 milhões de empregos diretos — isso sem falar dos trabalhadores nas fazendas que fornecem as matérias primas e nas transportadoras que fazem a produção do campo chegar às fábricas.