Isaquias Queiroz, medalhista olímpico que brilhou na Olimpíada de Paris 2024, cresceu em Ubaitaba, uma pequena cidade no Baixo Sul baiano, conhecida tanto pela canoagem quanto pela produção de cacau.
O Rio de Contas, que corta o município, serviu como local de treinamento para Isaquias, e desempenha um papel crucial no desenvolvimento da região cacaueira.
O diretor do Sistema Faeb/Senar, Guilherme Moura, disse em entrevista ao Canal Rural que o desenvolvimento da região começou às margens desses rios.
+ Leia mais notícias de Agronegócio em Oeste
“O desenvolvimento da região começa, a margem de todos esses rios, o Rio de Contas é um deles”, afirmou. “É um importante rio e, coincidentemente, a gente tem o Isaquias, que é o canoísta que treinava nesse rio e se transformou nessa referência mundial, medalhista olímpico, motivo de orgulho para nós brasileiros e, sobretudo, para nós baianos.”
Além do esporte, a produção de fundamental para os moradores de Ubaitaba. Segundo Moura, atualmente o cacau está em recuperação.
No entanto, ele também destaca a verticalização da produção, com as indústrias que produzem os derivados do cacau. Muitas delas estão instaladas em Ilhéus, cidade a cerca de 80 km de distância e que têm como grandes importadores os Estados Unidos e a Argentina.
“O Estado, inclusive, importante dizer, que a gente é ouro no cacau”, afirma Moura ao Canal Rural. “A Bahia é o maior Estado produtor de cacau do Brasil, mas a gente tem diversas outras culturas que fazem com que a baiana tenha uma relevância muito grande, uma diversidade muito grande produtiva, isso é importante.”
“A gente está falando de cerca de R$ 1 bilhão em divisas para o Estado da Bahia todo ano”, conclui.
Assim como Isaquias Queiroz, a Bahia é medalhista em muitos quesitos: resiliente na agricultura e pecuária, assim como os atletas na dedicação ao esporte.
Leia também: “Ministério da Agricultura divulga lista de cafés impróprios para consumo”