Santa Catarina, o maior produtor de cebola do país, deve ter mais uma safra expressiva neste ano. Apesar dos desafios climáticos e dos elevados custos de produção, o Estado deve colher mais de 500 mil toneladas, de acordo com o Boletim Agropecuário da Epagri.
Na safra anterior, a colheita foi de quase 500 mil toneladas, aproximadamente 30% superior ao ciclo de 2020/2021.
Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, para manter a excelência e a liderança no setor, os produtores concentram esforços utilizando as melhores práticas produtivas e tecnologias avançadas.
A produção catarinense tem oscilado muito pouco nos últimos dez anos e tem ficado em torno de 17,5 mil hectares, segundo a Epagri. A microrregião de Ituporanga é a maior produtora no Estado, com pouco mais de 8 mil hectares, e responde por cerca de 50% da área plantada, seguida pela microrregião do Tabuleiro, situada na Grande Florianópolis, com pouco mais de 3 mil hectares, o equivalente a cerca de 20% da área.
Joaçaba ocupa a terceira posição, com quase 2 mil hectares, o que representa 10% da plantação. Rio do Sul vem na sequência, com 1,5 mil hectares, correspondendo a quase 10% da área plantada no Estado.
O presidente do Sindicato Rural de Ituporanga, Arny Mohr, ressaltou que a produção é fundamental para o movimento econômico do município, reconhecido como a capital nacional da cebola.
“Nossas expectativas para a safra 2022/2023 incluem aumento da produtividade e disponibilização, ao mercado, de um produto com excelente qualidade”, disse Mohr. “Entre as importantes características da cebola catarinense está o fato de serem reconhecidas no mercado nacional por ter coloração mais vermelha e mais casca.”