O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) prorrogou por mais 180 dias o estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira, 7, em virtude da detecção de novos casos da infecção pelo vírus da influenza aviária H5N1 de alta patogenicidade (Iaap) em aves silvestres do Brasil.
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Por meio da Portaria 680, a medida foi assinada pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Conforme o documento, a decisão passa a contar a partir do fim do prazo estabelecido pela Portaria número 624, de 6 de novembro de 2023.
No início de abril, Fávaro já havia antecipado à imprensa que o estado de emergência zoossanitária passaria por renovação. Na ocasião, o ministro disse que “o Brasil é um dos quatro países do mundo que não têm gripe aviária no plantel comercial”.
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Segundo ele, o sistema de defesa agropecuária brasileiro é muito eficiente. “Vamos manter o status de emergência para evitar uma possível crise que possa vir a acontecer.”
Por meio da portaria, o governo federal poderá contar com mais ferramentas para controlar a disseminação da gripe aviária no país. Também fica autorizado o repasse de recursos da União para as ações de emergência.
Foco da doença
De acordo com o Mapa, houve registros de 164 focos da doença em aves silvestres e de subsistência. Outros 2.957 estão sob investigação. Em outubro do ano passado, o vírus também infectou leões-marinhos no município de Rio Grande, no Rio Grande do Sul. Foi o primeiro foco em mamíferos marinhos no Brasil.
Doença viral altamente contagiosa, a influenza aviária atinge, principalmente, aves silvestres e domésticas. A infecção em humanos é incomum, mas pode ocorrer por meio de contato direto com aves infectadas, vivas ou mortas. Não há risco no consumo de carnes e ovos de aves nem de qualquer produto de origem animal inspecionado.
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