O governo de Mato Grosso estuda “mecanismos para minimizar eventuais impactos negativos” do Zoneamento Socioeconômico Ecológico do Estado (ZSEE-MT) para os agropecuaristas impactados. A informação foi repassada à Revista Oeste por Keile Costa Pereira, superintendente de Informações Socioeconômicas e Ordenamento Territorial de MT. Segundo ela, “questões de indenizações por desapropriação” não são alvos diretos do ZSEE, mas devido à preocupação recorrente de diversos setores, a medida será avaliada.
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De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato), da forma como o projeto está construído haverá problemas socioeconômicos no Estado. A preocupação é a mesma do produtor Hugo Frota Filho, presidente da Associação dos Fazendeiros do Vale dos Rios Araguaia, Cristalino e das Mortes. “Estão tentando transformar a região do Araguaia, área muito produtiva e com enorme potencial para se desenvolver ainda mais, em um enorme Parque Ecológico”, disse.
Primeira consulta pública
Em razão dos apontamentos feitos por diversos setores, o governo pôs em prática uma consulta pública no início deste ano. A iniciativa, divulgada durante a pandemia, foi questionada. No entanto, seguiu adiante, e os compilados das informações serão apresentados ao Conselho Estadual do ZSEE na tarde de amanhã, quinta-feira 16. O grupo é formado por oito secretarias estaduais, uma universidade e 13 instituições, entre as quais está a Famato. Depois dessa reunião, os próximos passos serão discutidos e uma segunda consulta pública, divulgada.
Para entender mais sobre o ZSEE discutido em Mato Grosso, leia: “O agro sob novo ataque”, reportagem de Branca Nunes e Edilson Salgueiro publicada na Edição 49 da Revista Oeste