Com diversos usos, o milho tem grande contribuição no cenário econômico, da alimentação animal à indústria de alta tecnologia. A safra total de milho (verão + outono) está estimada em 115,6 milhões de toneladas no Brasil, 32,7% superior à do ciclo anterior, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Curiosamente, mais de 70% dos grãos são destinados a rações, sobretudo para suínos, aves, gado leiteiro e até piscicultura.
O milho também serve à produção de etanol combustível, gerando coprodutos proteicos para alimentação animal de grande digestibilidade (DDG e WDG), além de ter muitos usos na indústria. Este ano, o Brasil produzirá 4,5 bilhões de litros de etanol de milho, 31% a mais do que em 2021 e 7% acima da estimativa anterior da União Nacional de Etanol de Milho (Unem).
O milho para consumo humano
Apenas 5% do milho se destina ao consumo humano direto: angu, mingaus, pamonha, canjica, cuscuz, polenta, cremes, bolos, pipoca ou simplesmente milho cozido e assado. Em regiões como a hispano-americana e África Austral, ele é a base da alimentação humana.
Na indústria agroalimentar, ele entra na composição de biscoitos, pães, chocolates, rebuçados, geleias, sorvetes, maioneses, uísques e cervejas.
A cerveja brasileira contém 45% de milho, em vez de cevada. A legislação autoriza o fabricante a substituir até 50% da cevada por cereais não maltados e sem precisar informar o consumidor. Com o milho, a bebida não gera “corpo” e produz cervejas mais leves.
Perdem-se alguns valores nutritivos, ganha-se no preço e no lucro. As marcas não alardeiam o uso do milho em suas receitas. O Brasil é o terceiro produtor mundial de milho e cervejas.
A safra de milho norte-americana
Na Bolsa de Chicago, o cereal mais plantado no planeta teve sucessivas altas, com a valorização do trigo, da soja e do petróleo. O início do plantio da safra norte-americana patinou.
Washington deu indicações de aumento no teor de etanol na gasolina de 10% para 15%. Mais etanol na mistura, derivado de milho, reduziria o preço da gasolina em 10 centavos por galão.
A safra de milho brasileira
A valorização da saca de milho nos últimos 20 anos foi extraordinária, de R$ 15 para quase R$ 100. No Brasil, paradoxalmente, o preço flutua. A principal razão é a previsão de uma safrinha recorde.
Segundo a Conab, a segunda safra está estimada em 88,5 milhões de toneladas, superando expectativas. Um recorde 45% superior à safra anterior, devido ao crescimento da área plantada e da produtividade (clima favorável e tecnologias).
O aumento da produtividade está estimado em mais de 36% da produtividade.
Leia o artigo completo na Edição 111 da Revista Oeste
No Nordeste do Brasil, principalmente no Sertão, o milho é fundamental na alimentação.
“Aí São João, São João do Carneirinho
Você é tão bonzinho
Fale com São José
Fale lá com São José, peça pra ele me ajudar
Peça pro meu mio dar
20 espiga em cada pé”
Muito boa informações. Em fato o Brasil utiliza-se de pouco do milho em seu cardápio apesar de ser muito saboroso.
Dizem que do boi só se perde o berro.Do milho,em contrapartida,não se perde nada.