Um estudo aponta que o número de startups do agro no Brasil cresceu 40% em 2020, em relação ao ano anterior, passando de 1.125, em 2019, para 1.574 agtechs, em 2020. Do total, a região Sudeste tem o maior número de startups, com destaque para o Estado de São Paulo, lar de 757 dessas empresas. A pesquisa ainda destaca a existência de 20 hubs de inovação agropecuária no país.
Há 316 cidades brasileiras com agtechs, sendo que 26 delas têm um ecossistema com, pelo menos, dez empresas. A cidade de São Paulo tem 345 startups. Piracicaba, com 60 companhias, Curitiba (59), Rio de Janeiro (54), Campinas (48), Porto Alegre (42), Belo Horizonte (40) e Ribeirão Preto (39) também se destacam.
Elaborado em parceria entre Embrapa, SP Ventures e Homo Ludens, o levantamento Radar Agtech mostra que 657 das empresas atuam da ‘porteira para dentro’, investindo em sistemas de gestão de propriedade rural, drones, máquinas e equipamentos, soluções e dados. Voltadas para o setor de fertilizantes e defensivos agrícolas, inoculantes e nutrição vegetal, na categoria chamada de ‘antes da fazenda’, estão 199 empresas.
A maior parte das agtechs brasileiras (718, em 2020) atua na categoria ‘depois da fazenda’, focando em soluções como venda de produtos agropecuários, marketplaces e plataformas de negociação, além de alimentos inovadores e novas tendências alimentares, noticiou o jornal Valor Econômico.
O levantamento ainda aponta que, seguindo uma forte tendência de consumo, 293 companhias desenvolvem alimentos que têm melhores índices nutricionais, utilização de ingredientes substitutos e nova utilização de ingredientes já existentes. Elas constituem o maior número de startups do levantamento.
Para o coordenador de Articulação para Inovação do Ministério da Agricultura, Daniel Trento, há, no agronegócio, um crescimento consistente na geração de inovação, com diversidade nas soluções e qualidade: “Isso mostra que o ecossistema de inovação do agro brasileiro certamente é um dos mais dinâmicos do mundo”.
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