O Plano Safra para o ciclo 2022/2023 vai contar com recursos na ordem de R$ 340 bilhões, anunciou o governo federal na quarta-feira 29. A quantia corresponde ao aumento de 36% sobre a versão anterior.
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Do montante, quase R$ 250 bilhões serão destinados ao custeio e à comercialização. O valor representa uma expansão de 39% em relação ao ano anterior. As contratações podem ser feitas por produtores rurais nas instituições financeiras que operam as linhas de crédito subvencionadas.
Pouco menos de R$ 100 bilhões serão para investimentos (expansão de 29%). Com juros que variam entre 7% e 12,5% ao ano, esse montante se destina a iniciativas como a modernização do maquinário agrícola, além de ações de sustentabilidade, entre outras.
Os financiamentos com juros controlados ficarão próximos de R$ 200 bilhões (alta de 18%), os com juros livres foram definidos em cerca de R$ 150 bilhões (+69%). O montante de recursos equalizados cresceu 31%, chegando a R$ 115 bilhões na próxima safra.
No próximo Plano Safra, a permissão de uso de recursos das Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) passará de 50% para 70%. A expectativa é que a medida aumente a participação do mercado de finanças privadas do agronegócio, com a expansão de títulos como a CPR, CDCA, CRA.
Plano Safra para produtores menores
De acordo com o Ministério da Agricultura, “a melhoria do acesso do produtor ao crédito rural foi assegurada não só pelo aumento nas disponibilidades de recursos, mas também pelo estabelecimento de taxas de juros compatíveis com a atividade rural e em níveis favorecidos, comparativamente às taxas livres de mercado”. “Com a taxa básica de juros da economia (Selic) em 13,25% atualmente, buscou-se preservar, prioritariamente, elevações menores para os beneficiários do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar e do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural”, completou.