Em 2034, a produção de grãos do Brasil deve chegar a 378 milhões de toneladas. A previsão é do Ministério da Agricultura (Mapa). Caso a projeção se confirme, haverá um crescimento de 35% sobre a safra atual.
Em 2024, a colheita de grãos do Brasil deve fechar em 298 milhões de toneladas. Os números do Mapa mostram que a área plantada se manterá praticamente a mesma.
O extra virá, principalmente, com o aumento da produtividade — que deve ter um ganho de 26%. A produção por hectare deve saltar de 3,7 toneladas para 4,7 toneladas.
O setor deve seguir como o carro-chefe do agro nacional. A soja continuará como a principal plantação no país — com a safra de 2034 prevista para quase 200 milhões de toneladas. O relatório do ministério também mostra o crescimento das safras de milho, arroz e feijão.
A safra de grãos de milho do Brasil deve saltar dos atuais 115 milhões de toneladas para 153 milhões de toneladas. A colheita de algodão deve partir para 4,6 milhões de toneladas, um ganho de 27%. Ao mesmo tempo, a produção de arroz deve crescer quase 30%, chegando a 13,6 milhões de toneladas, e a de feijão vai aumentar 21%, atingindo quase 4 milhões de toneladas por ano.
Grãos do Brasil: mercado interno e demanda internacional
A grande demanda que sustenta o cultivo de soja no Brasil vem do mercado externo, que absorve 35% da safra nacional. O mesmo ocorre com o algodão, cuja exportação equivale a 25% da produção da pluma — a matéria-prima para a fabricação de tecido, por exemplo.
No caso dos cultivos de milho, arroz e feijão, a situação é diferente. A força da demanda vem do mercado interno.
Cerca de 70% da produção é destinada ao mercado interno. Além da aplicação na indústria de alimentos, ela é essencial para sustentar as criações de aves, suínos e bovinos e para a geração de etanol.
Arroz e feijão, por sua vez, são alimentos básicos nas mesas do país. Considerando a safra dos dois grãos, 96% fica para o consumo da população brasileira.