O suprimento de fertilizantes da China passa por problemas em razão das restrições impostas para conter a covid-19. No noroeste do país, a cadeia de distribuição está sendo interrompida.
As fazendas começam a ser abastecidas neste mês. Entretanto, o aumento de casos da doença intensificou as medidas para conter a disseminação do coronavírus.
Produtores, revendedores, analistas e associações de fertilizantes relataram que as regras exigem que os motoristas de caminhão façam testes de covid a cada 24 horas. Além disso, a necessidade de obter passes especiais para entregar mercadorias e as suspensões de fábricas devido a contaminações têm contribuido para a escassez do insumo.
“A produção de fertilizantes nitrogenados e a preparação de fertilizantes para o plantio de primavera foram bastante afetadas”, informou a Associação da Indústria de Fertilizantes Nitrogenados da China nesta semana.
Entre os locais com mais problemas com o suprimento de fertilizantes está a Província de Jilin. A região é a segunda maior produtora de milho do país. O governo local proibiu o movimento de pessoas pela fronteira provincial e internamente há cerca de 15 dias — quando as infecções diárias passaram de milhares.
Apesar dos esforços de Pequim para diminuir os preços, o índice de fertilizantes no atacado da China (CFCI) é 40% maior do que há um ano, de acordo com Reuters. Isso desencorajou muitos revendedores a formar estoques nos últimos meses.
“A oferta de fertilizantes aqui não poderia ser mais apertada”, disse um revendedor de Jilin.
O suprimento de fertilizantes na China também é afetado pelos preços recordes desses insumos vitais para a agricultura, impulsionados pela forte demanda global, altos custos de energia e sanções impostas aos principais produtores: Rússia e Belarus.
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Até pouco tempo, o fertilizante mais usado na China era cocô humano, sendo as pessoas ensinadas a não misturar nº 1 com nº 2.
Os ‘gênios’ da oposição no Brasil têm a solução para o agricultor chinês: Fique em casa, a alimentação a gente vê depois!