Na terça-feira 9, a Rússia e outros quatro outros países anunciaram a abertura para a exportação de gado bovino do Brasil. São eles: Belarus, Armênia, Cazaquistão e Quirguistão.
As cinco nações que se abriram para as exportações de gado bovino formam a União Econômica Eurasiática (UEEA). O bloco é remanescente da União Soviética.
De acordo com o Ministério da Agricultura, os membros da UEEA gastaram por volta de US$ 1 bilhão com a compra desses animais vivos. Esses mesmos países importaram US$ 1,8 bilhão em produtos do agronegócio brasileiro — sendo os principais: soja em grãos (48%), açúcar bruto (16%), carne bovina (9%) e café verde (7%).
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Pecuária exemplar
O interesse pelos animais brasileiros se dá em razão da proeminência do país no mercado internacional. A extensão do rebanho nacional perde apenas para o da Índia, onde a vaca é considerada sagrada. Assim, a pecuária do Brasil responde pela segunda maior boiada do planeta.
Com um trabalho de genética exemplar, conseguiu criar espécimes adaptados às condições climáticas locais. Atualmente, o agronegócio brasileiro é o maior fornecedor de carne bovina para o mercado internacional. Em 2023, serão 3 milhões de toneladas embarcadas e 7,6 milhões de toneladas destinadas ao consumo interno.
A pecuária nacional mantém um rebanho de 200 milhões de cabeças. O número inclui tanto o gado destinado à produção de carne quanto o leiteiro.
Pelas estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 48 milhões de bovinos devem nascer no Brasil em 2023. A mesma quantidade terá a produção de carnes como destino.
Exportações de gado bovino vivo
Em 2022, o agronegócio brasileiro faturou quase US$ 200 milhões com as vendas desse segmento no mercado externo. Os embarques transportaram 195 mil animais e envolveram 15 destinos internacionais. São eles: Iraque, Jordânia, Turquia, Arábia Saudita, Egito, Líbano, Emirados Árabes Unidos, Congo, Bolívia, Equador, Paraguai, Uruguai, Ilhas Marshall, Estados Unidos e Bangladesh.
No ano de 2023 as exportações de gado bovino vivo do Brasil devem movimentar 325 mil cabeças a outros países, conforme as projeções do USDA. Contudo, o número pode aumentar, uma vez que essa estimativa é anterior ao anúncio de abertura da UEEA.