As estimativas do governo federal indicam que a safra de grãos deve encolher em 2024, quando comparada ao resultado de 2023. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de 2024 deve fechar em 299 milhões de toneladas, um resultado por volta de 6% menor que o do ano anterior — ou seja: cerca de 20 milhões de toneladas a menos que o do ciclo passado.
Para esse volume de redução, as principais perdas da safra devem ocorrer nas produções de soja e milho — grãos que são considerados os carros-chefes do agronegócio brasileiro. Nesses dois casos, os cortes são estimados em 7 milhões de toneladas e 16 milhões de toneladas, respectivamente.
De acordo com a Conab, milho e soja respondem por quase 90% da safra de grãos do Brasil. A tendência de retração também aparece nos relatórios que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta mesma quinta-feira. Nesse caso, decréscimo de 13%, para o milho, e 3% para a soja.
Algumas safras de grãos estão crescendo
Os dois órgãos, porém, preveem crescimento para a safra de outros grãos. Assim são, por exemplo, as projeções para a produção de arroz — Há o acréscimo estimado em 4%, pelo IBGE, e 5% pela Conab. O mesmo ocorre com o algodão em caroço, com previsões de aumento de cerca de 10% e 14%, respectivamente.
