O combate à fraude de azeites no Espírito Santo intensificou-se com uma operação conjunta da Polícia Civil e do Ministério da Agricultura e Pecuária, na última semana. A ação cuminol na apreensão de 428 garrafas de azeite de três marcas proibidas em supermercados dos municípios capixabas de Cariacica e Vila Velha.
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O delegado Eduardo Passamani, da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), disse ao site Tribuna Online que a falta de informação de origem nos rótulos chamou a atenção, o que levou à suspensão das vendas. A ação ocorreu depois de os produtos chegarem ao Espírito Santo, no fim de setembro.
Para evitar cair em fraudes, os consumidores devem estar atentos a alguns sinais que podem mostrar que o azeite é falsificado. Segundo Passamani, verificar a procedência do produto, conferir se o rótulo possui certificações de qualidade e observar o preço são algumas das medidas que podem ajudar a identificar um azeite legítimo.
“Se todos os azeites estão em uma faixa de preço e tem um que o preço está muito abaixo, isso é um indicativo de falsificação”, afirmou o delegado ao Tribuna Online.
Observe a cor do azeite
Outra maneira de verificar a autenticidade do azeite é observar suas características físicas. É importante estar atento à cor e ao aroma do azeite, que devem ser característicos de um produto de qualidade. A nutricionista Gabriela Rebello afirma que o azeite extravirgem deve ter uma cor uniforme e concentrada, variando do verde ao amarelo.
“Azeites muito clarinhos ou transparentes podem ser suspeitos”, orientou Gabriela.
Além disso, a presença de ácidos graxos no azeite de oliva de qualidade faz com que ele solidifique no congelador. A engenheira de alimentos Pollyanna Ibrahim, da Universidade Federal do Espírito Santo, explicou à Tribuna Online que azeites de oliva extravirgem têm baixa acidez, inferior a 0,8%, e um sabor suave com notas herbáceas ou frutadas.
“Os azeites estão sujeitos a vários tipos de fraude”, explicou Pollyanna. “Dentre as mais comuns estão a adição de óleos vegetais, como soja ou canola, ou de óleos não destinados a consumo humano.”
Segundo o Ministério da Agricultura, o azeite é o segundo produto alimentar mais fraudado do mundo, atrás apenas do pescado. A pasta também indicou alguns cuidados na hora de escolher os produtos para evitar ser enganado:
- desconfie sempre de preços abaixo da média;
- se possível, verifique se a empresa está registrada no ministério;
- confira a lista de produtos irregulares já apreendidos em ações do ministério;
- não compre azeite a granel;
- é importante estar atento à data de validade e aos ingredientes contidos; e
- opte por produtos com a data de envase mais recente.
Esquema de falsificação
O grupo criminoso misturava azeite de baixa qualidade com corantes e produtos químicos para simular azeite extra virgem. Eles tinham como objetivo enganar consumidores e comerciantes.
Leia também: “Ministério divulga marcas de azeite de oliva impróprias para consumo; veja lista”
O impacto desse esquema no mercado foi significativo, o que afetou tanto consumidores quanto produtores legítimos de azeite. Os consumidores, ao adquirirem um produto de qualidade inferior, pagavam preços elevados por algo que não correspondia ao que era anunciado. Já os produtores reais enfrentavam concorrência desleal, o que prejudicava suas vendas e a reputação do setor.
O esquema funcionava por meio de uma rede organizada que distribuía o azeite falsificado para supermercados e lojas especializadas. Os criminosos utilizavam rótulos falsos e embalagens sofisticadas para dar aparência de legitimidade ao produto. Além disso, a operação contava com a conivência de alguns distribuidores que, cientes da fraude, optavam por participar do esquema em troca de lucros maiores.
com o preço que o azeite verdadeiro está, melhor comprar óleo de soja e usado mesmo…
Faz o “L” quem apoiou esse DESgoverno e continuem esperando a picanha…
“estar atento ao aroma”: isso é impossível antes de comprar, assim como constatar “que ele solidifique no congelador”.
Corrigindo… É culminou e não cuminol.
Estranho que a redação de uma revista de qualidade da Oeste, afirme o óbvio para seus eleitores, dizendo que os falsificadores de azeites, buscavam enganar os consumidores. Incrível, será que poderia haver outro motivo, além do óbvio? Mais respeito com nós leitores, por favor…