Santa Catarina já encerrou a colheita da safra 2022/23 e contabiliza mais de 550 mil toneladas de cebola, sendo o maior volume dos últimos anos, e mantém o Estado como o maior produtor do país. As informações foram divulgadas pelo site Notícias Agrícolas, na segunda-feira 27.
A elevação dessa estimativa foi puxada especialmente pelos novos números da região do Alto Vale do Itajaí. A microrregião de Ituporanga deverá produzir pouco mais de 250 mil toneladas, o equivalente a cerca de 50% do total do Estado.
Outra boa notícia para os produtores são os preços, que estão acima dos custos de produção. Apesar do aumento da oferta da hortaliça desde dezembro, os valores se mantiveram entre R$ 2,30 e R$ 2,50 o quilo nas principais praças, como Rio do Sul. A comercialização segue em ritmo normal, e o volume comercializado já é superior a 50% da produção catarinense.
Alho
A safra do alho no Estado também já foi toda colhida. Os dados, que estão em fase final de consolidação pela Epagri/Cepa, mostram uma produção estimada de mais de 16 mil toneladas.
Os produtores catarinenses estão comercializando o produto a preço inferior ao custo de produção. Os preços pagos ao produtor em janeiro tiveram redução significativa, na comparação com dezembro. Os alhos classes 2 e 3 passaram de R$ 6 para R$ 4,60 o quilo, uma redução de quase 25%. Os alhos classes 4 e 5 tiveram preços médios de R$ 8,40 o quilo, uma queda de aproximadamente 30%. Já os alhos classes 6 e 7 foram comercializados a pouco mais de R$ 10, diminuição de 8,70%.
Trigo
A safra do trigo em Santa Catarina é de cerca de 500 mil toneladas, volume aproximadamente 40% maior que no ciclo passado, quando o Estado colheu quase 350 mil toneladas.
O preço médio mensal pago ao produtor recuou 3% em janeiro, em relação a dezembro, fechando a média mensal em R$ 87 a saca de 60 quilos. Na comparação anual, os preços recebidos em janeiro deste ano estão quase 2% abaixo dos registrados no mesmo mês de 2022.
Arroz
A colheita do arroz está 8% atrasada em relação às duas safras anteriores, por causa do período prolongado de frio. Até agora, o Estado colheu quase 15% da produção. A Epagri/Cepa estima uma safra de 1,2 milhão de toneladas, uma queda de -1% em comparação ao ciclo passado.
Feijão
Até a primeira semana de fevereiro, aproximadamente 25% da área plantada com feijão primeira safra já havia sido colhida no Estado. Já o feijão segunda safra, cerca de 20% haviam sido semeados. A safra de feijão primeira, chamada de safra das águas, representa cerca de 51% da área plantada, enquanto a safra de feijão segunda, também chamada de safra da seca, responde por 49% da área total em Santa Catarina.