“Só possuímos virtudes quando as colocamos em prática.”
Aristóteles
Imagine uma escola sem partidos nem ideologias, livre das amarras progressistas que impedem o desenvolvimento dos alunos. Nessa instituição de ensino, o objetivo seria preparar os estudantes para os desafios cotidianos. Não haveria espaço para doutrinação. Pelo contrário. O intuito seria libertar os jovens das correntes dogmáticas.
Mas tal iniciativa é real, não imaginária. Para combater a doutrinação ideológica de crianças, um casal de empreendedores da cidade norte-americana de Austin, no Texas, decidiu fundar o grupo Acton Academy. Desde 2008, Jeff e Laura Sandefer construíram 278 escolas em mais de 27 países. O projeto tem mais de 7,4 mil alunos.
As escolas do Acton Academy possuem três princípios:
- Learn to Be (Aprender a Ser): o estudante deve aprender a se autoconhecer, organizar-se e a conviver em grupo;
- Learn to Do (Aprender a Fazer): o estudante deve saber transformar conhecimento teórico adquirido em habilidades práticas para a vida; e
- Learn to Learn (Aprender a Aprender): o estudante deve aprender a buscar conhecimento de forma autônoma e estruturada.
Existem apenas duas escolas com tal metodologia no Brasil. A primeira foi fundada em 2020, em Ilha Bela (SP), e a segunda deve ser lançada neste ano, na capital paulista. Trata-se da Virtus, uma instituição de ensino bilíngue que segue os mesmos princípios do Acton Academy.
Com a palavra, a direção da Virtus:
- Acreditamos que toda criança é abençoada com um talento natural e que o descobrimento dessa aptidão é sua primeira grande missão;
- Acreditamos que é na família em que se inicia a educação das virtudes e que a escola deve ser uma aliada nesta jornada;
- Acreditamos em responsabilidade individual e não pactuamos com uma cultura que celebra ou estimula o vitimismo;
- Acreditamos que o papel das escolas é o de guiar os alunos na busca pelo conhecimento e pela verdade, em um mundo em que o acesso à informação está na palma da mão;
- Acreditamos que cultivar em nossos alunos as virtudes da coragem, perseverança, garra e dedicação é uma condição necessária na formação de indivíduos fortes, justos e solidários; e
- Acreditamos na liberdade de expressão, política, religiosa e econômica.
As escolas do Acton Academy usam uma estratégia de ensino chamada Learner Driven, em que o papel dos estudantes na busca pelo aprendizado é fundamental. “Em vez de entregarmos respostas e conteúdos prontos, desenvolvemos os alunos para que busquem, pensem, reflitam e encontrem soluções para as matérias apresentadas”, informou o grupo educacional.
Essas práticas seguem o Método Montessori, cujo foco principal é o aluno. Tal sistema pedagógico acredita que os estudantes não devem ser perseguidos, forçados nem dirigidos. Tampouco devem ser recompensados, punidos nem corrigidos. Aqui, o intuito é respeitar o tempo de aprendizado dos jovens.
O Acton Academy entende que sua metodologia de ensino é dependente do mais alto nível de responsabilidade individual. Esse vínculo serve para garantir que os alunos estejam aptos e dispostos a enfrentar os desafios cotidianos.
Mas o que a Virtus pretende ensinar?
- Autogestão e autonomia (desenvolvimento da gestão de metas, tempo e auto-organização desde os primeiros anos);
- Trabalho em equipe e liderança (tarefas diárias em grupo, a fim de desenvolver o espírito de equipe a convivência em sociedade);
- Comunicação e clareza de raciocínio (amor pela leitura, pela escrita e pelo debate, para a formação do pensamento crítico e o desenvolvimento das habilidades de comunicação); e
- Experiência no mundo real (atividades práticas, de maneira a incentivar a resolução de problemas reais e a busca de soluções, fomentando o espírito empreendedor).
Para a Virtus, a sala de aula é uma espécie de mini sociedade civil. É nesse ambiente que a escola proporciona as condições necessárias para os alunos desenvolverem suas habilidades. “Nosso objetivo é criar as condições para o sucesso, minimizando problemas de distração que drenam energia e diminuem a produtividade”, explica a instituição. “É importante que as famílias estejam imbuídas do mesmo espírito, para que haja o crescimento dos alunos.”
A instituição de ensino segue as normas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Mas há algumas diferenças das escolas convencionais. Exemplo: na Virtus, os alunos de 7 e 8 anos têm matemática, leitura e redação bilíngue durante a manhã. À tarde, precisam se dedicar a projetos multidisciplinares. Este último tem o objetivo de fazer os alunos explorarem possíveis situações reais.
A inovação não para aí. Os estudantes ainda têm acesso à disciplina “civilization”, que inclui história, geografia, economia e filosofia. Os professores simulam eventos históricos e inserem os estudantes naqueles cenários, como se os jovens estivessem na posição dos personagens.
“Nosso foco não é ajudar seu filho a entrar na faculdade, é deixá-lo apto para escolher o que quiser fazer na vida e brilhar no mundo real — independentemente de optar por cursos universitários”, explica a Virtus. “Não queremos que a escola seja apenas uma etapa acadêmica, em que jovens terminem sem ter instrumentos para o mundo real. Queremos que nossos alunos possam estar aptos para enfrentar desafios.”
O ingresso na Virtus depende de um processo seletivo — para os pais. A ideia é assegurar que a escola está alinhada com os princípios dos familiares. Eis alguns dos requisitos indispensáveis:
- Valorizar a curiosidade e a busca autônoma pelo conhecimento;
- Acreditar que o papel da escola deva ser o de priorizar o estímulo àquelas habilidades, em vez de apenas transmitir conteúdo;
- Confiar na responsabilidade individual, e não compactuar com a cultura do vitimismo;
- Apostar na meritocracia como um valor a ser cultivado;
- Estar preparado para ver seus filhos enfrentarem falhas e frustrações, entendendo que isso é fundamental para o crescimento e para o fortalecimento pessoal; e
- Valorizar a liberdade de expressão — religiosa, política e econômica.
A Virtus é credenciada no Sistema Brasileiro de Ensino e na International Association of Learner Driven Schools (IALDS), que certifica apenas as escolas com metodologia comprovada.
A ideia e seus 3 princípios são, obviamente, o ideal.
O ato de aprender a aprender, o ápice de todo e qualquer ensino, caso o indivíduo íntegro em seu caráter (fiel aos seus princípios e autêntico em sua prática cognitiva), formaremos indivíduos com reais possibilidades de serem úteis.
Como vemos, o oposto do socialismo/comunismo/progressismo, que tem uma pedra fundamental, o pensamento crítico de um ou mais de seus idealizadores e/ou filósofos, e que, fatalmente, pretende a humanidade inteira agindo como clone de tais pensadores.
É a liberdade similar à da Natureza versos a escravidão das ideações dos insanos!
Meus sobrinhos, netos e seus filhos estudaram ou estudam em escolas Montessori, eh impagável o conhecimento e a desenvoltura deles, sempre excelentes notas!!!
Caros leitores, vamos dar um voto de confiança, afinal, vivemos reclamando dessas ideologias nefastas com nossos filhos, agora que temos uma luz no fim do túnel, temos que acreditar que é possível, da mesma forma como a militância prega conteúdo próprio.
Será que temos professores preparados para essa metodologia? Afinal nossas universidades são centros de disseminação de ideologias políticos partidária!
Mencionou crendice, política, meritocracia sem definir parâmetros, e não tem ideologia…
“Livre de ideologias”. Chega a ser curioso o que alguns pensam no que seja isso. Retiram o conhecimento do zero, do nada? Não se baseiam em conhecimento acumulado por outras gerações?
Ou seria: “livre de ideologias que eu não gosto”?
Seria ótimo. Escola livre de ideologias nefastas. Qualquer que seja o lado. Crianças devem aprender física, química, matemática, português e história.
Renata, mas na matéria diz justamente o oposto do que você escreveu. A escola Virtude não se limita a ensinar português, matemática etc. A escola em tela busca ensinar o aluno a pensar, a ter um pensamento crítico sobre política, religião. Ou seja, a escola vai além do ensino didático.
Nordestelivre, ou melhor meu dinheiro patrocinar privilégios ao alto escalão, ou compras em paris com cartão corporativo, ou, talves rechear cuecas, ou ainda repor salários de cumpanheiros que haviam perdido cargos. Nunca para apontar caminhos que dignificam!!!
Aqui não pode. O STF não deixa. O governo não deixa. O MEC não deixa. Os alunos não deixam…
A ideia aqui é fazer uns “parâmetros” e obrigar toda escola a seguir. Tem como dar certo?
Liberdade ZERO
Branded Content = conteúdo patrocinado viu gente, igual a propaganda da igreja maranata que diz nao ganhar dinheiro, mas pra fazer propaganda o dinheiro tem de sair de algum lugar que é sempre do cliente
Montessori eh excelente, conheço escolas com esse método que não são tão caras assim!