Nesta sexta-feira, 5, a Agência Nacional de Telecomunicações realizou o leilão para a exploração e oferta de internet 5G no Brasil, com valor total recorde de cerca de R$ 47 bilhões. Foram arrematadas quatro faixas de frequência, em nível nacional e regional, sendo a de 3,5 GHz voltada para o consumidor final. O 5G permite velocidade de internet até 100 vezes mais rápida do que o 4G, e está previsto para funcionar comercialmente a partir de 2022 no território brasileiro. Grandes operadoras, como Claro, Vivo e Tim, foram as principais compradoras de lotes no leilão, entre 15 grupos participantes.
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De jogos on-line a assistência médica, transferência de arquivos, ensino virtual e transporte, praticamente todos os segmentos de serviços serão impactados pela nova tecnologia. O 5G possibilita também a múltipla conexão de aparelhos ao mesmo tempo — IoT (Internet das Coisas) — e serviços em que o 4G ainda é deficitário, pois necessitam de banda larga mais potente, como a condução de carros sem motoristas e linha de produção automatizada em indústrias.
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Algumas operadoras de comunicação resolveram antecipar a inovação nos últimos meses, constando em celulares e aparelhos móveis o nome “5G” na área correspondente à internet. Contudo, segundo o ministro das Comunicações, Fábio Faria, o recurso é apenas um “4G plus, um 4G ampliado”. Ele chegou a pedir para as companhias retirarem o símbolo do 5G dos celulares, para “não frustrar as expectativas dos brasileiros em torno da tecnologia que está por vir”.
Para a advogada Renata Abalém, presidente da Comissão de Direito do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil — Seção Goiás, o consumidor deve ficar atento e procurar seus direitos, caso se sinta lesado.
“O ministro [Fábio Faria] disse que não haverá mudança no valor das tarifas cobradas no momento com a entrada do 5G, mas ainda é cedo para cravar isso, pois a previsão para conectar o Brasil inteiro é somente em 2029″, disse a advogada em entrevista a Oeste.
“Muitas cidades ainda operam com o 3G, nem 4G têm ainda, então o consumidor que se sentir lesado com uma velocidade da internet menor do que o prometido neste início de implantação deve ir atrás dos seus direitos”, explicou.
Renata atenta ainda para as questões jurídicas que provavelmente podem ocorrer com a chegada do 5G ao país. “São necessárias antenas específicas para conectar as novas redes de internet móvel, o que demanda leis próprias de cada município para sua viabilidade e tempo necessário para aplicação.”
Eu até escrevi uma longa análise do que está por vir, mas para não ficar enfadonho, vou me ater ao ponto que considero mais representativo desse novo mundo.
O aperfeiçoamento dos sistemas com inteligência artificial para interação por voz e imagem será inimaginável. Há um filme de 2013 que explora exatamente esse paradigma: “Ela” (“Her”, no original). Ganhou Oscar pelo roteiro e mais quatro indicações.
Preparem o bolso, 5G só em julho de 22 e os novos celulares serão muito caros.
Contenham-se!
A pergunta é simples e direta: jogaremos fora todos os nossos smartphones 4G para usarmos um com 5G? Para smartphones fará diferença?
Me venda seu smart bem baratinho, que jogo fora meu android.