Uma adolescente grávida de 14 anos foi vítima de estupro por parte de um idoso de 68 anos. A informação foi confirmada pela Polícia Civil do Acre, com base nas apurações do delegado Renan Santana, que está à frente do caso.
A descoberta de que a adolescente foi estuprada por um idoso vem logo depois de ela ter sido filmada antes do parto por uma servidora de maternidade. A funcionária expôs a conversa entre elas nas redes sociais.
De acordo com as investigações, a jovem iniciou os procedimentos de pré-natal aos 13 anos, o que indicava a hipótese de estupro de vulnerável. Além disso, a polícia apurou que a menina engravidou de um idoso, de 68 anos, que trabalha como barqueiro na região.
“De início, nós estávamos apurando apenas a questão da suposta exposição vexatória da adolescente”, afirma o delegado do caso. “Só que depois de uma análise mais apurada, verificamos que ela já foi vítima de estupro de vulnerável, porque ela engravidou com 13 anos.”
O delegado ainda explicou o motivo pelo qual o crime cometido contra a adolescente configura estupro de vulnerável. “A lei diz que estupro de vulnerável é aquela pessoa menor de 14 anos”, disse Santana. “Então, como ela teve conjunção carnal com a pessoa enquanto tinha 13 anos, ela já foi vítima de um crime.”
Segundo o delegado, a investigação ainda vai apurar se a unidade de saúde teria reportado o caso às autoridades assim que a adolescente deu início ao pré-natal, por se tratar de estupro de vulnerável.
“É dever de todo estabelecimento de saúde e educação informar casos de violação de direitos das crianças e dos adolescentes”, disse Santana. “Logo, caberia, sim, o acionamento da polícia assim que iniciou o pré-natal. Contudo, não há como falar se a maternidade foi omissa.”
Leia mais:
Como o caso de estupro da adolescente chegou à polícia
A notícia de que a adolescente sofreu estupro chegou à polícia quando a técnica em enfermagem Narjara Lima, que se apresenta nas redes sociais como criadora de conteúdo, publicou um vídeo em que faz perguntas à menina de 14 anos.
O caso aconteceu no Hospital da Mulher e da Criança do Juruá, em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre.
Narjara já está sendo investigada pela Polícia Civil por suspeita de expor a adolescente a situação vexatória. O vídeo publicado por ela teve cerca de 4 milhões de visualizações até ser apagado.
Na sexta-feira 4, depois da repercussão do ocorrido, Narjara divulgou uma série de stories em que nega qualquer intenção de expor a adolescente.