A advogada Bruna Hollanda, que denunciou o colega Ricardo Almeida por estupro, afirmou que não recebeu apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A crítica foi feita por meio de um vídeo publicado nas redes sociais. Na publicação, ela anuncia sua renúncia de conselheira seccional da seccional de Sergipe do órgão.
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“Fui estuprada no dia 27 de janeiro por um colega conselheiro da OAB/SE”, afirmou Bruna. “Sócio do presidente, amigo pessoal do presidente, pessoa de quem tinha inteira confiança, colega de conselho seccional e amigo há mais de 8 anos.”
A advogada também criticou o fato de a presidente da Comissão de Direito de Defesa da Mulher da OAB-SE ter sido instituída advogada do agressor. “Logo a maior e mais importante comissão da instituição, que representa várias mulheres, não pode me representar”, lamentou. “Logo eu, mulher, advogada e conselheira.”
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A vítima atuava como conselheira da OAB-SE desde 2022. No vídeo, ela diz que se sentiu “absolutamente desamparada e humilhada pela gestão conduzida por vossa excelência”. Ela fez referência ao atual presidente da seccional, Danniel Alves Costa.
Segundo a advogada, Costa e Almeida são amigos íntimos. Isso, de acordo com ela, teria feito o presidente da OAB-SE agir com parcialidade diante das acusações.
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“Na conversa que tivemos no gabinete da presidência da OAB-SE, confesso que senti frieza, cálculo, pendor de vossa excelência”, reforçou Bruna. “Percebi que não estava diante do presidente da OAB, e sim do sócio e amigo do meu abusador.”
Entenda o caso da advogada que acusou colega de OAB-SE de estupro
O episódio denunciado por Bruna teria ocorrido depois de um bloco de carnaval, em Aracaju. A vítima relatou, em boletim de ocorrência, que pediu a Almeida para que a acompanhasse até o prédio da OAB, para pedir um carro de aplicativo.
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O colega, no entanto, ofereceu uma carona, e ela aceitou. Em seguida, o advogado havia dito que precisaria passar em sua residência. Ao chegar em casa, segundo Bruna, ele teria desferido um tapa no rosto de Bruna, e a levado para a cama à força. Depois, conforme a denúncia, o crime de estupro teria sido consumado.
No vídeo, ela diz que as pessoas perguntam sobre ter subido no apartamento dele. Bruna afirma que confiava em seu colega advogado. “Jamais imaginei que poderia sofrer a violência que sofri”, afirmou. “O simples fato de ter subido não descaracteriza o estupro, nem levanta suspeição séria aos fatos narrados por mim.”
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