Na tarde desta segunda-feira, 6, a concessionária Fraport Brasil anunciou que as atividades no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, permanecerão interrompidas por prazo indeterminado.
Os pousos e as decolagens estão suspensos no aeroporto desde a última sexta-feira, 3, devido aos danos causados pelas chuvas intensas que atingem o Estado do Rio Grande do Sul.
Com os temporais, a capital gaúcha, que enfrenta uma das maiores enchentes já registradas em sua história, teve as instalações do único aeroporto da cidade inundadas.
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Para informar a comunidade aeronáutica sobre a situação, a concessionária emitiu um “Notam” (aviso ao aviador), válido até o dia 30 de maio, como determina a legislação do setor.
O documento é um procedimento-padrão usado internacionalmente para comunicar mudanças operacionais ou restrições temporárias que impactem o tráfego aéreo.
“A Fraport Brasil esclarece que ainda não há uma data estimada para a normalização das operações no Porto Alegre Airport [Salgado Filho]“, explicou a empresa. “O Notam poderá ser atualizado conforme a necessidade.”
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A concessionária também orientou os passageiros a procurarem as companhias aéreas para obter informações atualizadas sobre os voos.
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Estado de calamidade
O comunicado ocorre um dia depois de o governo federal declarar estado de calamidade pública em 336 dos 497 municípios do Rio Grande do Sul, incluindo a capital, Porto Alegre.
O status permite uma mobilização mais rápida e eficaz de recursos federais para auxiliar as áreas mais afetadas pelos desastres naturais, com o objetivo de recuperação e o apoio às comunidades impactadas.
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A perda desses solos, como imagino que tenha ocorrido, deverá impactar muito na futura produção agrícola, talvez por alguns anos. Espero que eu esteja supredimensionando esses estragos de difícil recupéração.
Devido ao uso dos solos para produção agrícola intensiva naquele estado, imagino que a quantidade de solos carreada por essas chuvas deve ter sido colossal, com o consequente assoreamento desses rios em todo o estado. Com isso, a vazão desses rios fica muito prejudicada, acarretando um tempo maior para o escoamento das águas e com isso todo esse transtorno nos demais serviços, como no caso de aeroportos, estradas, pontes, etc…
Imagino que terá que ser feita inicialmente uma batimetria nas calhas de todos os rios mais importantes do estado e a indicação dos locais mais críticos para uma imediata dragagem. Será um serviço monumental e talvez esse exército, através de sua Engenharia, ao menos possa prestar esse valioso serviço ao estado do RS.