Em um café às 9h desta terça-feira, 30, em Brasília, agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) decidiram fazer uma breve paralisação. Eles reivindicam a saída do diretor-geral, Luiz Fernando Corrêa, nomeado para o cargo em maio de 2023 pelo presidente petista, Luiz Inácio Lula da Silva.
Conforme divulgou o Poder360, os agentes querem a nomeação de um oficial de inteligência de carreira para comandar a Abin.
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Os funcionários da Agência não consideraram essa mobilização inicial como uma greve, ao mesmo tempo que não descartaram a ocorrência de uma paralisação definitiva das atividades até que as solicitações sejam atendidas.
Uma das preocupações dos agentes é com o baixo orçamento da Abin diante da agenda de eventos internacionais, o que poderia facilitar a entrada de espiões estrangeiros.
Outras exigências
Além da troca de comando na Abin, os agentes também reivindicam outras duas pautas: a negociação de reajuste salarial no Ministério de Gestão e Inovação e mais diálogo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT-BA), responsável pela Agência.
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Quem é Luiz Fernando Corrêa
O ex-delegado aposentado da Polícia Federal (PF) Luiz Fernando é considerado nos bastidores da Abin como um “alienígena”, segundo relatos dos agentes.
Durante a segunda gestão de Lula, Luiz Fernando foi diretor-geral da PF, de 2007 a 2011.
O atual diretor da Abin também esteve presente no primeiro mandato de Lula, quando ocupou o cargo de secretário nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça, de 2003 a 2007.
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Nos governos petistas, Luiz Fernando foi ainda diretor de Segurança do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, exercendo a função desde 2011, durante todo o governo de Dilma Rousseff até seu impeachment.
