O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que Polícia Federal (PF) colha o depoimento de Bruno Monteiro Aiub, influenciador digital popularmente conhecido como Monark. Na decisão desta quinta-feira, 15, o magistrado deu prazo de cinco dias para o influencer ser ouvido.
A ordem para Monark prestar depoimento na PF surge como complemento da decisão de quarta-feira 14, quando o ministro do STF determinou o bloqueio das contas do influenciador digital nas redes sociais. De acordo com Moraes, o produtor de conteúdo “voltou a divulgar notícias fraudulentas acerca da atuação” do Supremo e do Tribunal Superior Eleitoral.
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Para a suspensão das contas de Monark nas redes, Moraes citou uma entrevista do influencer com o deputado federal Filipe Barros (PL-PR) por meio da plataforma Rumble. Na ocasião, o influenciador perguntou por qual razão o STF estaria “disposto a garantir uma não transparência nas eleições?”.
A decisão do bloqueio cita os perfis de Monark em cinco diferentes empresas: Discord, Meta (Facebook, Instagram e WhatsApp), Rumble, Telegram e Twitter. O ministro do Supremo ainda determinou a preservação dos conteúdos já divulgados e a aplicação de multa diária no valor de R$ 100 mil em caso de descumprimento.
Defesa de Monark se posiciona sobre a decisão de Alexandre de Moraes
Com a nova decisão de Alexandre de Moraes, a defesa de Monark se manifestou. Em nota encaminhada ao site da CNN Brasil, o advogado Jorge Salomão afirmou que a notícia do bloqueio das redes foi recebida de forma “consternada”. Além disso, ele registrou que ficou sabendo da determinação por meio da imprensa.
Novamente desalentados se veem a defesa e o senhor Bruno diante do descumprimento de direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição
Jorge Salomão, advogado de Monark
“Embora a defesa do senhor Bruno tenha protocolado um pedido de vista do inquérito junto ao STF há quase três meses, tomou-se conhecimento desta determinação de bloqueio pela imprensa, cuja íntegra da investigação ainda é desconhecida”, afirma, em nota, o advogado de Monark. “Por isso, a consternação, o que nos impede de tecer quaisquer considerações acerca da decisão.”
“Tanto se fala em proteção à democracia, mas novamente desalentados se veem a defesa e o senhor Bruno diante do descumprimento de direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição Federal, como a ampla defesa, por intermédio do acesso aos autos de determinado processo, até agora não concedido”, prosseguiu Salomão. “Portanto, a manifestação do senhor Bruno Monteiro Aiub se dará tão logo a sua defesa tenha acesso a todo o conteúdo do inquérito sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.”
Leia também: “Alexandre, o Supremo”, artigo de Augusto Nunes publicado na Edição 164 da Revista Oeste
Depois isto não é perseguição.
Inquisição em pleno vapor.
Quantos dias deram para o Marcos Uchôa explicar a fake news dos “um milhão e quinhentos mil expectadores” da live do ex-presidiário ?
Só hoje tivemos três decisões esdrúxulas de Moraes: a negativa a defesa de Jeferson; a busca e apreensão no gabinete de do Val e; o cala boca no Monark. Tempos sombrios, tudo isso de um ministro do supremo, não de um juiz de primeira instância!
Tempos estranhos! Venezuela a vista!
Claro que o regime de exceção já ousa caminhar em pleno dia de sol, atingindo por igual sombras e luz; e o faz devorando agora, principalmente, os lusco fusco, que foram conhecidos por isentões em determinado ponto da história.
E a caça as bruxas não para.
Algumas autoridades continuam extrapolando seus poderes.