A aluna Giovanna Bezerra, que foi assassinada no ataque à Escola Estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo, estava feliz por ter começado um curso remunerado no período da tarde.
A informação foi dada pela avó da estudante de 17 anos, Luzia de Carvalho Silva, em entrevista à rádio CBN.
“Ela estudava de manhã e tinha começado a fazer um curso. Com o primeiro salário que ela recebeu ela ficou tão feliz que ia estudar mais”, disse Luzia.
Avó de Giovanna Bezerra disse que já havia escutado ameaças
Giovanna Bezerra era apaixonada por vôlei e costumava compartilhar sobre o esporte no Instagram. A última publicação dela foi feita no domingo 22, sobre um passeio no Parque Água Branca, na zona oeste de São Paulo.
Luzia também disse que não esperava que a neta fosse morta, mas que já havia escutado ameaças de ataques a escola. “Nunca esperava, mas todo mundo já sabia que ia acontecer alguma coisa nessa escola, porque há muito tempo estão falando que estava tendo ameaça lá. Por que não fizeram as coisas antes?”, disse ela.
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O Brasil teve 36 ataques a escolas em 22 anos. O ataque à Escola Estadual Sapopemba foi o 36º. Além de matar Giovanna Bezerra, o estudante de 16 anos que efetuou os disparos feriu outras duas meninas. Giovanna estava no terceiro ano do ensino médio, e o agressor, no primeiro.
As meninas feridas foram socorridas e levadas ao pronto-socorro do Hospital Sapopemba. Uma delas já recebeu alta. Outro aluno se feriu enquanto corria do ataque, ele foi socorrido e também já foi liberado.
O pai de uma das alunas feridas disse à TV Globo que a filha ligou para ele por volta das 7h30 contando que foi baleada. “Eu falei: ‘Que brincadeira é essa?’. Ela: ‘Não, pai, é sério, eu tomei um tiro’”, disse o homem.
Deus, tenha misericórdia de nós!!
Brasil da loucura