Mais dois pedidos de registro de testes para o vírus monkeypox, causador da varíola dos macacos, foram protocolados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os dois são do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O vírus é considerado uma emergência de saúde pública internacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e a Anvisa já recebeu seis pedidos de registro de kits para o diagnóstico da doença.
Um dos kits produzidos pela Fiocruz, chamado kit molecular monkeypox (MPXV), é capaz de fazer a identificação das duas cepas do vírus que circulam de forma endêmica no continente africano. Apenas uma delas, a da África Ocidental, é a responsável pelo surto em outros continentes.
Esse primeiro kit é do tipo PCR e consegue identificar o DNA desses dois tipos de vírus em amostras retiradas das erupções cutâneas presentes no indivíduo com suspeita de infecção.
O segundo kit da Fiocruz que teve o registro solicitado no Brasil é para o diagnóstico diferencial, em que outras possibilidades de diagnóstico por vírus relacionados são descartadas.
Com os testes, será possível adotar dois protocolos: no protocolo 1, com o teste MPXV, é feita a detecção e tipagem do monkeypox. Em caso de teste negativo, o protocolo 2 aumenta a possibilidade de esclarecimento do diagnóstico com a utilização do teste diferencial. Segundo a Fiocruz, isso é importante para a vigilância epidemiológica no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a Fiocruz, antes mesmo do registro, já foram produzidos materiais para 12 mil testes.
Os outros quatro pedidos
Segundo a Anvisa, além dos dois testes da Fiocruz, outros quatro pedidos de registro foram protocolados e as análises dos seis já foram iniciadas. Há pedidos das empresas CerTest Biotec, da Espanha; Shanghai BioGerm Medical Technology e Bioscience (Tianjin) Diagnostic, da China. O quatro pedido sob análise é da empresa Comércio e Indústria de Produtos Médico-Hospitalares e Odontológicos Ltda (CPMH).