Em comunicado emitido nesta sexta-feira, 10, a concessionária Enel pediu “sinceras desculpas” aos clientes da Região Metropolitana de São Paulo pela demora de quase uma semana em restabelecer a energia elétrica de todos os imóveis.
“Pedimos nossas sinceras desculpas a todos os clientes que demoraram a ter a energia restabelecida em suas casas. Nos solidarizamos com todos que foram impactados pela falta de luz”, disse em nota.
A companhia é responsável por fornecer energia elétrica à cidade de São Paulo e a outros 23 municípios da região metropolitana. Inicialmente, 2,1 milhões de pessoas ficaram em abastecimento de energia.
Na noite desta quinta-feira, 9, a Enel havia anunciado que restabeleceu a energia elétrica para 99,9% dos clientes que foram afetados pelo apagão.
Inicialmente, a concessionária afirmou que a previsão era de restabelecimento total até terça-feira 7, o que não ocorreu.
Enel culpa o tempo
A empresa atribuiu o apagão à forte tempestade com rajada de ventos de mais de 100 quilômetros por hora, que afetou a região metropolitana na sexta-feira 3.
De acordo com a Enel, “a força dos ventos danificou de forma severa a rede de distribuição, quebrando centenas de postes, derrubando transformadores e rompendo cabos elétricos”.
“O cenário de destruição que se formou no Estado de São Paulo foi desafiador e traz grandes aprendizados para a distribuidora e todo o setor elétrico”, declarou Max Xavier, presidente da Enel São Paulo.
A concessionária disse que, até o momento, reconstruiu 140 quilômetros de rede e que técnicos continuam trabalhando em casos específicos que ocorreram nos dias seguintes à tempestade.
“Os reparos foram extremamente complexos, exigindo a remoção de árvores de grande porte, em conjunto com Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Prefeituras e demais órgãos competentes”, afirmou em comunicado.
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Inquérito e CPI
O Ministério Público de São Paulo instaurou nesta quinta-feira, 9, um inquérito civil para investigar possíveis irregularidades nas atuações da Enel durante o apagão.
A concessionária foi notificada para prestar esclarecimentos em até 15 dias sobre as razões da interrupção prolongada da distribuição de energia.
Na quarta-feira 8, a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou por meio da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Enel a convocação de Lins, do presidente da Enel Brasil, Nicola Cotugno, e da diretora de sustentabilidade da Enel Brasil, Marcia Massotti.
Os executivos terão que depor na condição de testemunhas na semana que vem para falar sobre a atuação da concessionária no apagão.
“Sinceras desculpas” não repõe os alimentos perdidos no freezer e nas geladeiras, não tornam as insulinas e outros medicamentos que dependem de refrigeração, novamente utilizáveis e não compensam os doentes que dependem desses medicamentos pela interrupção dos seus tratamentos. Não compensam o transtorno dos usuários comerciantes que tiveram prejuízos imensos tendo que fechar os seus negócios. É necessário apurar tecnicamente o que aconteceu, até onde a incompetência já demonstrada por essa péssima empresa de distribuição em várias ocasiões, alongou o tempo de reposição dos serviços. Se comprovada a incompetência, a concessão deveria ser cassada e feita nova licitação para colocar uma operadora mais qualificada.
Aqui na Serra Fluminense, a Enel é apelidada de Vagalume.
Basta uma brisa para que a luz fique desligada por no mínimo 6 horas. Imaginem um temporal com chuva e trovões.
Não é raro ficarmos entre 12 a 18 horas sem luz.
Enquanto não colocarem uma empresa concorrente para vender energia SEPARADA da ENEL, não teremos ficaremos sempre a mercê desta concessionária para resolver se, e quando ela quizer.
Reconstrução de 140Km de rede em pouco menos de 1 semana é recorde. A Enel está de parabéns. Fosse uma estatal levaria 1 mês ou mais e custaria o olha da cara mais as propinas das compras urgentes. É por isso q nessas horas os esquerdistas vigaristas de plantão se agitam e metem fogo na empresa privada, pois numa estatal este seria o momento perfeito para delta e rolar. Mais privatizações e não menos.
Concordo com privatizações, mas não concordo em manterem a concessão a empresas desqualificadas, incompetentes, sem estrutura para atender seus clientes. Se a empresa não apresenta um bom serviço, deve ser substituída. Não é o simples fato de ser empresa privada que é boa. Essa ENEL apresenta um péssimo serviço ao longo dos anos, com apagões localizados e demora excessiva de reposição dos serviços. Não consegue sequer apresentar a conta de energia regularmente, tendo o cliente que sair atrás das contas para pagar, diante de ameaças de corte de energia. Quem está na área de concessão dessa empresa sabe disso e já teve problemas com ela. A ANEEL é responsável por fiscalizar os serviços das concessionárias e deve fazê-lo.
Fosse uma estatal, a ENELBRAS já teria recuperado esses 140 km de linhas?. É lamentável que toda a responsabilidade dos danos causados a população sejam atribuídos a ENEL.
Mesmo diante do raro vendaval, as linhas cairiam com o vento? Afinal houve relatos de mais de 160 árvores caídas, em geral sobre a fiação. Agora começam os ativistas contra privatizações de estatais que sustentam uma enorme gordura de desnecessários e alguns inúteis servidores.
AQUI EM PARATY RJ TAMBÉM SOFREMOS COM A “ENEL” FREQUENTEMENTE TEMOS APAGÃO, NÃO PRECISAMOS DE MUITA CHUVA PARA TER FALTA DE ENERGIA. CURIOSO QUE ESTAMOS AO LADO DA USINA DE ANGRA.