Candidato à prefeitura de São Paulo nas eleições do ano passado, o ex-vereador e ex-ministro Andrea Matarazzo (PSD) criticou a condução dos trabalhos da CPI da Covid no Senado. Em entrevista ao programa Morning Show, da Jovem Pan, ele classificou a atuação do colegiado como “um circo de horrores”.
“O papel é investigar, não fazer um circo. Aquilo virou um circo dos horrores. Acho importante investigar, mas não com esse discurso que estão fazendo. Todo mundo quer posar de estadista, mas com currículos que a gente já conhece. Não estão pensando na população, estão pensando na próxima eleição, isso está na cara”, afirmou Matarazzo, que durante 25 anos foi filiado ao PSDB.
Leia mais: “Renan Calheiros quer convocação de Onyx Lorenzoni na CPI da Covid”
“Estão mostrando as caras na televisão para fazer campanha. Isso é ruim para o país. Se eles se empenhassem dessa forma no trabalho legislativo e na investigação de todos os governos, seria uma maravilha para o Brasil, mas a sensação que eu tenho é que estão fazendo mais campanha do que investigação. O Brasil está muito radicalizado e o bom senso saiu da moda”, prosseguiu o ex-vereador.
Leia também: “‘O objetivo da CPI da Covid é desgastar o governo’, afirma Bolsonaro”
Durante a entrevista, Matarazzo também afirmou que o comportamento do presidente Jair Bolsonaro muitas vezes não é o mais adequado. “A sociedade espera mais de um presidente da República, ainda mais neste momento que estamos vivendo. Acho que o presidente precisa se colocar como presidente da República, como exemplo, como modelo, e direcionar para onde a sociedade vai. O Brasil carece de líderes, de liderança. Virou a política a serviço do marketing. Os políticos brasileiros têm que começar a pensar na população.”
Leia também: “Pacheco indica a senadores que vai prorrogar CPI da Covid”
A única forma da “imagem” não ser sinônimo de voto por “ter ouvido falar” (Falem mal mas falem de mim…) é ter a opção de voto negativo. Somado a isso, caso algum candidato, ou mesmo todos eles, tiverem saldo negativo de votos, seria obrigatória nova eleição. É uma pena que vai contra o interesse dos nossos “representantes”.