O bairro Amapá, em Duque de Caxias, cidade da Baixada Fluminense, inundou depois que a água do Rio Capivari transbordou na tarde deste domingo, 14. A água tomou ruas e invadiu as casas dos moradores da região.
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Na manhã desta segunda-feira, 15, a água já tinha atingido mais de 1,5 metro. Diversos moradores subiram nos telhados das casas para fugir do alagamento e pedir ajuda aos helicópteros.
O Estado do Rio de Janeiro sofre com o efeito de fortes chuvas, que provocaram a morte de 12 pessoas. Além disso, duas pessoas, um homem e uma mulher, seguem desaparecidas. As mortes foram causadas por afogamento, descarga elétrica e soterramento.
Pilar, Duque de Caxias nesse exato momento 22:26 dia 14/01/24. Um bairro que está a mais de 24 horas em baixo de agua, tudo alagado e inundado. Quando estava a agua estava começando a abaixar abriram uma comporta ali no amorim perto do lote xv pra desafogar outros bairros e… pic.twitter.com/anMO53uAhn
— O tal do JH???? (@joaosaanttos) January 15, 2024
De acordo com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), o aumento do rio provocou o transbordamento da água por cima das comportas. As bombas do Canal do Outeiro, que ajudam na retirada da água da região, não teriam vazão suficiente para escoar o excesso de água.
Apenas duas de cinco bombas de drenagem estão funcionando
Em entrevista à TV Globo, o governador em exercício do RJ, Thiago Pampolha, informou que apenas duas das cinco bombas da região metropolitana do Rio estão funcionando. As bombas deveriam drenar o excesso de água em caso de inundação.
“Essas bombas são muito antigas”, disse Pampolha. “Elas foram inauguradas, salvo engano, em 2009 ou 2010. E todas estão em situações de muita fragilidade, são antigas. Estamos trabalhando apenas com 2 bombas.”
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O governador também explicou que a região sofre com a ocupação irregular. Moradores teriam invadido os piscinões, que servem para guardar o grande volume de água durante as chuvas — até que dê tempo de fazer o escoamento.
Moradores denunciam Prefeitura de Duque de Caxias
De acordo com o Inea, alguns moradores denunciaram que a prefeitura estaria abrindo a comporta da represa quando chove, para aliviar o transbordamento. Equipes do instituto foram até os bairros São Bento e Amapá para verificar a situação.
A Prefeitura de Duque de Caxias negou que haja registro de abertura de comportas de represas por parte da administração municipal.
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As pessoas desabrigadas estão sendo acolhidas pelo Centro Integrado de Educação Pública. O local é o único que não alagou no bairro. Os moradores também reclamam da falta de orientação e de respostas por parte do governo municipal.
Mulher desaparecida
O Corpo de Bombeiros realiza buscas por uma mulher que desapareceu no bairro Andrade Araújo, em Belford Roxo, também na Baixada Fluminense. Ela sumiu depois que seu carro caiu no Rio Botas, na noite do último sábado, 13.
A corporação informou que foram realizados 186 socorros relacionados às chuvas nas últimas 24 horas.