A Braskem, responsável pela mina que ameaça colapsar em Maceió, é controlada pela antiga Odebrecht — atual Novonor. A segunda maior posição acionária no negócio é da Petrobras. Os dados são públicos e estão no site da B3 — a Bolsa de Valores de São Paulo.
De acordo com as informações da B3, pouco mais de 50% das ações ordinárias da Braskem — que dão direito a opinar sobre a condução do negócio — pertencem à NSP Investimentos S.A., Holding da Odebrecht. A fatia da Petrobras é de 47% do total. O restante, quase 3%, é de sócios menores.
Perigo iminente
Na quinta-feira 29, a Prefeitura de Maceió declarou situação emergência por 180 dias em razão do “iminente colapso da mina nº 18, mantida pela Braskem na região da Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange.
O município vem atualizando a situação desde então. De acordo com a Defesa Civil de Maceió, até as 9h da manhã desta segunda-feira, 4, o solo do local já havia afundado 1,77 m.
“O órgão permanece em alerta máximo devido ao risco iminente de colapso da mina nº 18, que está na região do antigo campo do CSA, no Mutange.”, informa o comunicado mais recente. “Por precaução, a recomendação é clara: a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo.”
Braskem, Petrobras e Odebrecht
No passado, as relações entre Odebrecht e Petrobras foram alvo de investigações da Justiça Federal. Elas ocorreram na esteira do Petrolão — o maior esquema de corrupção do Brasil.
O escândalo explodiu durante a Presidência da petista Dilma Rousseff. E as investigações levaram à prisão de Luiz Inácio Lula da Silva em 2018, hoje presidente da República.
A fundação da Braskem ocorreu em 2002 e a Petrobras deu início às compras das cotas da empresa em 2007.