Luís Antonio da Silva Braga, miliciano conhecido como Zinho, negou ter mandado matar a cabo Vaneza Lobão, e afirmou que ela foi morta por seus colegas policiais militares (PMs).
Zinho está preso na Penitenciária Laércio da Costa Pellegrino, conhecida como Bangu 1. Ele foi ouvido pelos investigadores da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
A agente de 31 anos investigava as milícias da zona oeste do Rio de Janeiro. Zinho disse aos policiais que a morte de Vaneza teve participação de um PM que trabalhava com ela na 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), que apura desvios de conduta de PMs.
Câmeras de segurança registraram o momento em que o assassino atirou na cabo Vaneza
Zinho disse que Vaneza foi executada por causa de seu empenho em suas investigações, segundo o jornal O Globo. Na última quinta-feira, 22, a 2ª Vara Criminal da Capital determinou que o miliciano fosse transferido para um presídio federal de segurança máxima fora do Estado, por pedido do Ministério Público (MP).
A cabo Vaneza Lobão estava investigando cerca de 400 policiais militares de uma lista de mil suspeitos de atuar nas milícias e na contravenção do Rio quando foi assassinada em novembro do ano passado.
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O foco principal da investigação da policial era a área de Santa Cruz, na zona oeste, onde ela vivia. A operação da cabo começou em 2022, e investigava outros integrantes da quadrilha de Zinho, como Rui Paulo Gonçalves Estevão, conhecido como “Pepito”. Pepito agora está comandando as áreas de seu chefe.
Vaneza foi executada na porta de casa, por volta das 21h de 24 de novembro de 2023, uma sexta-feira. A policial costumava sair de casa no mesmo horário para ir a academia treinar com a companheira.
As câmeras de segurança da rua em que a cabo Vaneza morava registraram o momento em que um homem encapuzado se aproximou dela e atirou. Depois, o assassino entrou num carro que lhe dava cobertura.