O cão farejador Eudis, conhecido como “A Lenda”, se aposentou depois de dez anos de serviços prestados à Polícia Militar do Espírito Santo. O último dia de “trabalho” dele foi segunda-feira 14. O pastor-belga tem o maior número de detecções de drogas, armas e munições do setor onde trabalhou.
O Batalhão de Ações com Cães (BAC) da Polícia Militar do Espírito Santo realizou a comemoração de 35 anos de sua história e anunciou, durante a cerimônia, a aposentadoria do cão policial. Eudis entrou para a corporação no início de 2014, passou por treinamento intensivo e, em apenas 45 dias, já estava atuando em situações reais.
Eudis BR Caraíbas é um pastor-belga Malinois, a raça mais utilizada por militares no mundo. Com 11 anos, o cão tem cerca de dez anos no Batalhão. Segundo o subcomandante do BAC, Stefan Pimenta, a aposentadoria veio devido a sua idade.
“Ele tem um padrão acima dos demais cães”, disse Pimenta ao site G1. “Dá um aperto no coração a aposentadoria dele. Em algumas ocorrências, nós ficamos admirados, espantados e surpresos com a forma com que ele achava drogas. Eudis é considerado um dos melhores cães. A gente fala que ele é uma lenda do batalhão.”
Reconhecimento internacional do cão farejador
Ao longo dos seus dez anos de serviço na Polícia Militar capixaba, o cão farejador impressionou até mesmo militares dos Estados Unidos, em uma ocorrência de 2015. De acordo com Pimenta, havia informações de tráfico e de drogas escondidas em uma área de pântano.
“Eudis e Eva, a outra cachorra que estava com os militares, indicaram que a droga estava dentro da água”, disse o major. “O Eudis indicava muito mais essa submersão da drogas. Os policiais ficaram pensando: ‘Só tem água’. Mas decidiram entrar na área.”
Depois da indicação, os militares mergulharam com as mãos no local e encontraram sacolas com entorpecentes.
Aposentado, o cão farejador Eudis vai viver em uma propriedade rural da família da cabo Ravena Lahass Salles, que o adotou logo depois da cerimônia.
Este campeão merece uma aposentadoria de Ministro do STF, ou seja , vitalícia…
Perdi meu cão Saydi aos 12 anos de idade, pela raça é considerado o tempo máximo de vida, nunca dormiu no quintal, quando verão ar refrigerado, inverno aquecedor, amigo, fiel, eu como o seu escolhido era meu defensor incondicional, após sua morte cheguei a seguinte conclusão: a morte de um cão de estimação nos abala mais do que a morte de parentes. Fiquei emocionado com a história desse cão.
É o nosso bat-cão, o Ace brasileiro. Parabéns aos policiais que o treinaram também!
Concordo. Só lamento que já deve ter gente pensando em como proibir o uso de cães farejadores, alegando que o contato com drogas faz mal aos animais irracionais.