O empreendedor e influenciador fitness Renato Cariani publicou um vídeo, no Instagram, com a sua primeira declaração depois que a Polícia Federal (PF) cumpriu um mandado de busca e apreensão em sua casa, na manhã desta terça-feira, 12. Ele é sócio de uma empresa sob investigação.
Em ação conjunta com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público e a Receita Federal, a PF cumpriu 18 desses mandados, nos Estados de SP, PR e MG. A empresa da qual Cariani é sócio fica em Diadema, na Região Metropolitana de São Paulo.
Como funciona o suposto esquema na mira da PF
A operação é contra um suposto esquema de desvio de toneladas de produtos químicos para a produção de cocaína e de crack. De acordo com a PF, empresas com licença para vender determinadas substâncias emitiam notas frias.
A quadrilha faria uso de laranjas para realizar depósitos em espécie. Eles se passavam por funcionários de empresas transnacionais legítimas.
A polícia chegou a identificar 60 transações, todas falsas. Elas dizem respeito a aproximadamente 12 toneladas dos produtos químicos fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila.
As cargas desviadas serviriam de insumos para a produção de mais de 19 toneladas de cocaína e crack. Os investigados devem responder pelos crimes de tráfico equiparado, associação para fins de tráfico e lavagem de dinheiro.
O que disse Renato Cariani em sua primeira declaração pública depois da visita dos federais
Em dois minutos, Cariani relatou que foi surpreendido pela chegada da PF à sua residência. A ele, explicaram que não apenas a sua, “mas várias empresas estão sendo investigadas num processo” que ele não sabe do que se tratar, pois “corre em segredo de Justiça”.
Ainda de acordo com o empresário, depois que seus advogados obtiverem acesso aos autos do processo, ele poderá “entender o que consta nessa investigação”. Salienta que “todos os sócios sofreram busca e apreensão”, ou seja, não foi uma ação específica contra ele.
‘Empresa linda’
Sobre a Anidrol Produtos para Laboratórios Ltda., “uma das empresas de que” ele é sócio, e uma das que estão sob investigação, o fisiculturista enfatizou sua idoneidade. “Tem todas as licenças, todas as certificações nacionais e internacionais”, defendeu.
“Ela foi fundada em 1981, então, tem mais de 40 anos de história”, conta. “É uma empresa linda, onde minha sócia, com 71 anos de idade, ainda é a grande administradora, a grande gestora, é quem conduz a empresa.”
Cariani comunica a seu público que, “logo que tiver acesso a esse processo”, ele vai “dividir com vocês o que realmente foi [que aconteceu]”. Por ora, ele agradece “do fundo do coração o carinho e a mensagem de vocês”.
Saiba mais detalhes sobre o caso: “Renato Cariani, influenciador ‘maromba’, é sócio de empresa-alvo da PF”