A Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro seguem as buscas pelo menino Edson Davi Silva de Almeida, de 6 anos, desaparecido desde a quinta-feira, 4. A criança estava brincando próximo à barraca de alimentos e bebidas de seus pais, na areia da praia da Barra da Tijuca, quando foi visto pela última vez. A principal linha de investigação aponta para afogamento.
Os agentes estão usando helicópteros com câmeras termográficas acopladas, dispositivos capazes de detectar a radiação térmica emitida por objetos, inclusive um corpo, convertendo-o em imagem visível.
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Além da Praia da Barra da Tijuca, os agentes já percorreram a Restinga de Marambaia, no sentido de Angra dos Reis. Eles também realizaram buscas cobrindo a extensão da orla que vai de Grumari, na zona oeste da cidade, até Copacabana, na zona sul, além de Niterói e da região metropolitana.
Os investigadores analisaram centenas de imagens de pelo menos sete pontos fixos de estabelecimentos comerciais e prédios que ficam no entorno do ponto onde o menino desapareceu, descartando a hipóteses de sequestro.
Na terça-feira 9, a polícia colheu o depoimento do argentino que estava com a família na praia no dia do sumiço. Ele foi visto ao brincar com Davi. O estrangeiro afirmou ter jogado bola com o menino por alguns minutos e depois ter seguido com a mulher e os filhos para o hotel. As imagens internas do prédio foram analisadas e corroboraram o relato.
A Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) obteve as últimas imagens do menino. O registro é da quinta-feira, 4, às 15h37. Nelas, Edson Davi, aparece à beira d´água.
Testemunhas contam que o mar estava agitado nesse dia, com ondas fortes, o que reforça a hipótese de afogamento.
A família de Davi não acredita nessa linha de investigação. Ao lado de parentes e amigos, a mãe do menino, Marize Araújo, participou de uma manifestação nesta quarta-feira,10, na Praia da Barra da Tijuca. O grupo carregava cartazes com os dizeres: “Edson Davi está vivo. Ele não se afogou. Ele chama por nós”.
Os manifestantes também abriram uma grande faixa com a pergunta: “Como pode ser afogamento com uma praia vazia e dois bombeiros de plantão?”, referindo-se aos salva-vidas que trabalhavam no local.
Os agentes já receberam diversos relatos de crianças semelhantes ao menino desaparecido, mas nenhum se confirmou até o momento.