O Guinness World Records confirmou que o cearense João Marinho Neto é oficialmente o homem mais velho do mundo, com 112 anos e 52 dias. O título foi concedido depois da morte do britânico John Tinniswood, que detinha o recorde e morreu na última segunda-feira, 25.
João Marinho Neto nasceu em 5 de outubro de 1912, na cidade de Maranguape, Região Metropolitana de Fortaleza. Ainda criança, mudou-se com a família para a zona rural de Apuiarés, no interior do Ceará, onde cresceu. Ele teve sete filhos, uma já falecida, além de 22 netos, 15 bisnetos e três tataranetos.
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Em abril de 2024, João já havia sido reconhecido como o homem mais velho da América Latina pelo grupo de pesquisadores LongeviQuest, referência no monitoramento de supercentenários. Na época, ele tinha 111 anos e recebeu o título depois do falecimento do venezuelano Juan Vicente Pérez Mora, que viveu até os 114 anos.
Atualmente, o homem mais velho do mundo reside em um lar de idosos em Apuiarés, por causa de um problema na visão, seu único problema de saúde. Apesar disso, mantém uma vida tranquila e saudável. “Ele mora lá e vive naturalmente bem, se alimenta bem, dorme bem, conversa, entende tudo, conhece todo mundo”, relatou Marcos Vinícius, filho de João.
Marcos também contou que o pai tem plena ciência de sua conquista. “Ele sempre me pergunta: ‘Tem alguém com a mesma idade que eu?’, e eu respondo: ‘Não, pai, não conheço ninguém'”. João acredita que o segredo para a longevidade está em “estar cercado de boas pessoas e manter os amados por perto”.
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Freira brasileira é a segunda mulher mais velha do mundo
Além de João, o Brasil conta com a segunda pessoa viva mais velha do planeta. A freira Inah Canabarro Lucas, nascida em São Francisco de Assis, no Rio Grande do Sul, tem hoje 116 anos. A primeira colocada na lista também é uma mulher, a japonesa Tomiko Itooka, nascida duas semanas antes de Inah.
Inah nasceu em 8 de junho de 1908, quatro anos antes de João, o homem mais velho do mundo. Quando criança, estudou no internato Santa Teresa de Jesus em Santana do Livramento, Rio Grande do Sul. Por volta de 1928, mudou-se para Montevidéu, no Uruguai, onde se tornou freira.
Em 1930, voltou ao Brasil para ensinar português e matemática em uma escola na Tijuca, no Rio de Janeiro. No começo dos anos 1940, retornou a Santana do Livramento, onde trabalhou como professora. Atualmente, Inah vive em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
Aos 110 anos, começou a ter dificuldades de mobilidade e precisou começar a usar um andador. Em 25 de janeiro de 2021, aos 112 anos, recebeu sua primeira dose da vacina contra a covid-19, uma das pessoas mais velhas a ser vacinada.
Inah se tornou a pessoa mais velha validada viva no Brasil depois da morte de Antonia da Santa Cruz, em 23 de janeiro de 2022. Posteriormente, tornou-se a pessoa viva mais velha validada em toda a América do Sul e América Latina, depois da morte da colombiana Sofia Rojas, em 30 de julho de 2022.
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Coitado, Deus me livre de ficar pra sempre aqui.
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