O CEO do iFood, Fabricio Bloisi, afirmou que nunca defendeu a ideia segundo a qual as famílias deveriam deixar de cozinhar em suas casas. Ele deu a declaração neste domingo, 18, depois que uma entrevista sua, concedida ao jornal Folha de S.Paulo, viralizou nas redes sociais. Nesta conversa, o executivo disse que, em dez anos, ninguém vai mais cozinhar.
Na entrevista, publicada no sábado 17, o CEO do iFood disse que o avanço do delivery iria tornar a comida barata e estimularia os consumidores a comprarem os alimentos. Ele comparou o cenário a outras questões do dia a dia, como não fabricar roupas em casa ou dar educação acadêmica às crianças fora do ambiente familiar.
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Bloise disse também que uma das metas da empresa é fazer com que o delivery se torne mais popular entre as classes sociais mais baixas.
Essas declarações não foram bem recebidas pelo setor. A chef Rita Lobo, criadora do site Panelinha, publicou um vídeo no Instagram para comentar o episódio. Rita classificou a declaração do empresário como “elitista” e afirmou que, em comparação com países europeus, o cenário apresentado por Bloisi é fora da realidade.
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“A fala dele tem um elitismo brasileiro, um ranço escravocrata que desvaloriza quem cozinha”, disse Rita. “Vou aproveitar que estou na Europa para contar que, aqui, todo mundo cozinha. Até quem tem condições de contratar um chef, porque aqui a cozinha é algo importante.”
Em nota publicada em suas redes sociais, Bloisi disse que nunca teve a intenção de dizer que o ato de cozinhar seria extinto.
“Mesmo com a popularização do delivery, não acreditamos que as pessoas vão deixar de cozinhar”, afirmou Bloisi. “A explicação da fala estava no texto, mas acredito que muitos não leram e fizeram as críticas apenas em cima da chamada.”
A promoção do iFood no Carnaval
Durante o período festivo, a empresa aproveitou para fazer uma de suas maiores campanhas publicitárias nas cidades de Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo. Em meio ao agito do circuito Barra–Ondina, artistas como Ivete Sangalo e Daniela Mercury diziam aos foliões que o serviço é brasileiro.
A empresa também foi tema de uma das músicas do trio elétrico de Bell Marques, com letra do publicitário Nizan Guanaes e produção de Carlinhos Brown. A marca foi exibida em trios elétricos, prédios, viseiras e outdoors.
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Na entrevista à Folha, Bloisi disse que colocou a estratégia em prática porque parte da população acha o serviço “estrangeiro”. Assim, os executivos viram no Carnaval a “oportunidade perfeita” para reforçar a “brasilidade” do iFood.
Eu sinceramente adoro cozinhar e nem sei direito que é esse Ifood, que vende muita porcaria e tem preços caros, isso se não roubam a segunda embalagem ou ainda se não são produzidos em cozinhas sujas de fundo de quintal. Ele quis se aparecer como um visionário, mas cuidado que a casa cai, como caiu para algumas empresas como Magalu e Natura que estão a beira da falência. A Rita Lobo também parece que está viajando, não pela Europa, mas pela maionese do Ifood, larga de falar bobagem Rita, respeite sua obra. Eles querem grana, só grana.