Oitenta anos de Chico Buarque. Chico Buarque de Hollanda é um fenômeno paradoxal: é o maior compositor vivo da música popular brasileira. E é também o maior idiota político da realidade. Sua idiotice não apenas reverbera contra si mesmo, mas na influência direta numa realidade ditatorial que ele mesmo combateu décadas atrás. Chico, além de excelente letrista que versava sobre as paixões humanas e defendia a liberdade e combatia a opressão em todas as esferas humanas, combateu a ditadura militar, bem como censuras, perseguições, torturas, prisões indevidas. Pois bem: hoje, há no Brasil torturas, perseguições, prisões indevidas, exílios, massacres a direitos individuais aos moldes da ditadura combatida por Chico no passado. Mas Chico finge que não vê, porque a ditadura de hoje é justamente da ideologia que ele sempre professou. Os ideais de Chico Buarque valem apenas para quem ele queira que esteja ou não esteja no poder. Se o cantor e compositor cantou contra a tirania no passado, hoje ele silencia contra a tirania de sinal trocado porque quem ocupa o lugar do tirano é quem ele sempre quis que estivesse no poder. O curioso é que o espectro de quem está no poder no Brasil hoje é do pessoal que matou cem milhões de pessoas no século 20. Chico, um homem culto, ou desconhece a história, ou tem um caráter turvo, para dizer o mínimo. Se hoje ele deixa de alertar sobre os perseguidos da ditadura contemporânea, é porque os presos, torturados, exilados formam o espectro ideológico de quem ele sempre quis que fossem massacrados. Isto não é um ideal, isso é ideologia que aprisiona o ideal. Millôr Fernandes já disse de Chico que ele era um idealista que lucrava com seu ideal. Chico hoje lucra e recebe aplausos e louros por não só se silenciar sobre a monstruosidade de uma ditadura escancarada no Brasil como ainda louva os carrascos desta ditadura.
Como se deu este contraponto tão aberrante? Como um homem que compôs letras à beira da poesia que versavam sobre a condição feminina, a natureza humana, a opressão, a busca pela liberdade chegou a ponto de esconder um caráter tão mesquinho e tíbio a ponto de fingir que não vê, ou vê e endossa, pessoas sendo massacradas pela ditadura que um dia ele combateu? Chico é o epítome do artista brasileiro contemporâneo, cego à realidade por uma estética ideopata fácil que seduz por seus aspectos mais superficiais. Lula, o homem do povo, operário que chega ao poder, que vem do nada, etc. Um homem que se deixou corromper a ponto de fazer frente com oligopólios do poder para arrancar dinheiro do povo para colocar nas contas de parceiros corruptos. Chico é filho de Sérgio Buarque de Hollanda, o maior historiador do Brasil que fundou o PT nos anos 1980, antes do PT se transformar no partido que comandou os maiores esquemas de corrupção da história. Chico chegou ao final da vida sabendo desses escândalos. Fingiu que não viu, talvez para não trair a memória utópica do pai — que, provavelmente, teria vergonha não só da corrupção petista, como da ditadura brasileira que tem no PT um partido auxiliar, como teria vergonha da posição covarde e pusilânime de seu filho. A memória afetiva do pai se soma a uma vida inteira de engano em relação à esquerda e ao petista de Chico Buarque. É difícil para um homem entrado em anos perceber que passou uma vida inteira equivocada. O PT, bastião da honestidade na década de 80, se transformou no partido mais corrupto da história da República. A liberdade e a democracia apregoadas por Chico deram lugar a uma ditadura de esquerda que ele sempre percebeu como portal para a democracia. Tudo o que Chico acreditava se desmanchou no ar. Hoje, ele vive em negação da realidade. Só que sua negação significa a afirmação de pessoas inocentes morrendo na cadeia por crimes de opinião, sendo censuradas, tendo empregos e contas bancárias esvaziadas por crimes de opinião. A omissão de Chico Buarque faz dele um poeta que não vive a sua poesia. Chico se esconde nas belas letras que escreveu, esconde a sua perda de caráter que finge não ver a injustiça que sua voz hoje promove no Brasil.
É celebre uma briga de Chico com Millôr Fernandes, quando Chico teria cuspido do prato de Millôr num restaurante, justamente quando Millôr disse que Chico lucrava com seu ideal. Chico hoje cospe na própria obra quando se cega à monstruosidade tirânica que tomou conta de um país. Por razões estéticas, preferiu seguir um líder popular e sindicalista que traiu seus ideais roubando bilhões do bolso do trabalhador brasileiro para colocar no bolso de políticos e empreiteiros corruptos. Por razões de uma estética ideológica, criou uma falsa ditadura de um homem que era rude nas palavras, mas nunca perseguiu, torturou, prendeu ninguém por crime de opinião. Por razões estéticas, endossa um governo e um Judiciário que tortura, prende, massacra cidadãos livres por crime de opinião.
Chico é autor de inúmeros poemas musicados, como Construção, Mil Perdões, Roda Viva, João e Maria, Cotidiano, Geni e o Zepelim, além de canções que atacam desde a opressão amorosa até a opressão politica e da luta em torno da liberdade e da soltura das amarras de toda forma de tirania. Chico hoje é vítima da maior tirania que acomete um homem impedido por si mesmo de perceber a realidade: a ideologia cega. A ideologia cega de Chico Buarque cospe na cara do poeta Chico Buarque que não vê as vítimas do regime tirânico que Chico endossa e celebra. Apesar de você, Chico Buarque de Hollanda, amanhã há de ser outro dia. Apesar de você, Chico Buarque de Hollanda, grande poeta e homem sem caráter que traiu sua própria arte, o Brasil há de ser outro um dia.
Leia também: “Um regime doente”, artigo de J.R. Guzzo publicado na Edição 222 da Revista Oeste
Chico Buarque nunca compôs uma única música. Todas a suas musicas foram compradas de compositores anônimos. Existe um vídeo na WEB onde ele confessa para alguns amigos que nunca escreveu uma letra de música ou compôs uma melodia. E não digam que é fake porque não é. Além de ter uma voz horrível. Ele não passa de uma grande farsa como toda a esquerda brasileira.
Se Chico fez alguma coisa boa, se perdeu totalmente . Admiração deu lugar à repulsa
Chico Buarque é um estupendo compositor e um estupido homem.
Artigo sensacional
Tudo que eu digo particularmente às pessoas do meu meio, vi retratado brilhantemente neste texto.
Sempre fui fã do artista CB, mas hoje trago asco do homem que, contraditório ao que combatia, neste momento defende
Chico é artista genial, mas um tolo ideológico.
Adrilles, meus parabéns. Que texto maravilhoso e VERDADEIRO. Em um determinado período da minha vida tive a maior admiração pelo Chico Buarque. O extraordinário e saudoso Millor Fernandes naquela época já enxergava o que o Rodrigo Constantino nomeou esse tipo de gente, Chico Buarque e outros, de Esquerda Caviar. Como você bem disse, Adrilles,: Chico Buarque , apesar de você e dos xexelentos e hipócritas amanhã há de ser um novo dia.
Esse cara é um simples aprendiz de Noel Rosa.
Vc está equivocado quanto a Lula. O “Molusco” sempre foi comunista. O PT é e sempre foi comunista. Neste sentido, Lula “não traiu” seus ideais. Ao contrário. O “sonho de consumo” de Lula e de seu partido/asseclas sempre foi o de estabelecer por aqui a “ditadura do proletariado” (em realidade, a ditadura do partido único sobre o proletariado).
Lula não “torturou”?! Você sabe como morreu Celso Daniel e quem foram os mandantes do crime?!
Leia na Veja a reportagem sobre esse assunto.
Excelente artigo do articulista, descrevendo com precisão cartesiana, o caráter (mau),deste artista, para mim,um compositor tão bom quanto outros!(Paulinho da Viola,Cartola,Fernando Brandt e etc).É um componente histórico da famosa esquerda “Ballantines “.Intelectuais de verdade como Millôr e Francis,sabiam perfeitamente do arrivismo dele.Comuniista “dulce vitae”como Oscar Niemeyer e outros da “troupe”.Parabéns ao articulista!
Excelente artigo do articulista, descrevendo com precisão cartesiana, o caráter (mau),deste artista, para mim,um compositor tão bom quanto outros!(Paulinho da Viola,Cartola,Fernando Brandt e etc).É um componente histórico da famosa esquerda “Ballantines “.Intelectuais de verdade como Millôr e Francis,sabiam perfeitamente do arrivismo dele.Comuniista “dulce
O mal eterno do Jornalismo no Brasil sempre foi achar que artista é intelectual.
Esta dupla face é asquerosa.
Excelente texto como todos do Adrilles, mas sua ingenuidade o faz parecer muito infantil. Qualquer idiota sabe sem a menor sombra de dúvida que todo mundo que defende a esquerda tem interesses escusos. Depois de 10, 12 anos de idade já não se pode alegar desconhecimento para com esse assunto. E fora isso até hoje tento achar alguma coisa pelo menos tolerável na obra desse babaca, mas ainda não achei nada de genial, de bom, de interessante. Não sei por que endeusam tanto esse idiota. Artistinha de merda.
Certeiro, Adrilles desnuda o velho Chico revelando o Chico cego
alguém sabe qual foi a ultima musica de sucesso de Chico Buarque? esse cara é cultuado pela esquerda dona da mídia nos últimos 60 anos. tenho certeza que ele ainda vive nos anos 60.
Um idiota comunista com os bolsos cheios .
Parabéns pela lucidez e coragem. Lavou minha alma e de todos os fãs dele, todos nós mortos de incredulidade e vergonha.
Um decadente, sofrível e um chupim para sobreviver…idiota
Excelente texto, Adrilles! Não tem nada de ideal, mas sim de oportunismo e mau-caráter
Segundo Chico Buarque :
“Democracia é quando eu mando em você. Ditadura é quando você manda em mim”.
Não foi o esquerda caviar Chico Buarque quem disse. Foi Millor Fernandes.
-drilles, adorei esse texto! Parabéns !! Você foi perfeito.
O sucesso em uma profissão não tem necessariamente nada aver com o caráter do indivíduo!
Chico é filhinho de papai, oportunista e mau-caráter.
Será que o chico foi mesmo o poeta que escreveu aquelas letras? Se não foi, é mais fácil compreender o que ele é hoje, porque nunca teria pensado do jeito que suas canções faziam crer, e então, não se transformou, continua o mesmo chico de sempre.