O humorista Whindersson Nunes e o dono da página de fofoca Choquei, Rafael Sousa, podem prestar depoimento à Polícia Civil, sobre a investigação que apura as circunstâncias da morte de Jéssica Vitória, de 22 anos.
A jovem mineira tirou a própria vida na sexta-feira 22, depois de ser alvo de difamação do perfil de fofoca. Conhecido por compartilhar informações sem checagem, o Choquei divulgou imagens de supostos diálogos amorosos entre Jéssica e Whindersson, que negaram ter relação.
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Tanto Rafael Sousa quanto Whindersson devem falar à polícia por meio de videoconferência. O foco da investigação é mostrar quem criou as conversas falsas e quem dediciu publicá-las.
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“Os crimes que podem ser cometidos são aqueles contra a honra, como calúnia e difamação, já previstos no Código Penal”, afirmou o delegado Felipe Monteiro ao portal R7. “No caso da Jéssica, como aconteceu suicídio, vamos procurar se houve algum induzimento ou instigação.”
Whindersson Nunes pediu criação de “Lei Jéssica Vitória”
Whindersson se manifestou, no domingo 24, em suas redes sociais, sobre o suicídio de Jéssica.
O humorista deixou uma mensagem de pêsames para a mãe da estudante. Ele ainda prometeu que se engajaria na criação de uma lei que coibisse a disseminação de notícias falsas na internet.
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No vídeo, com cerca de dez minutos, o artista deixa claro que jamais conheceu nem trocou mensagens com Jéssica.
Whindersson contou que um perfil de fofoca o procurou e chegou a enviar as conversas para que ele as analisasse. Ele negou a veracidade do diálogo, e o homem avisou que descartaria o material.
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O youtuber estava de férias, fora do Brasil, quando descobriu que a página havia divulgado, no dia 18, a captura de tela do suposto diálogo. Ele decidiu não se pronunciar por medo de que sua interferência gerasse mais repercussões negativas para Jéssica, que já passava por linchamento virtual.
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Agora é tarde, Whindersson (sic). Desculpinha esfarrapada. Deveria ter ligado para a moça e processado o Choquei. Deixou circo pegar fogo e agora quer posar de bombeiro.