Cerca de 40 mil locais de vacinação estão abertos em todo o país a partir desta segunda-feira, 8, para a campanha nacional contra a paralisia infantil e para a multivacinação de crianças. O objetivo da campanha, que vai até 9 de setembro, é melhorar a cobertura vacinal infantil, que vem caindo significativamente desde 2015.
No caso da poliomielite, por exemplo, que sempre teve cobertura acima de 95%, índice mínimo recomendado para a proteção coletiva contra a doença, a cobertura ficou na casa dos 80%, entre 2016 e 2019; em 2020, no primeiro ano da pandemia de covid-19, caiu para 76%, e, no ano passado, a queda foi ainda maior, para 70% do público alvo.
Especialistas em imunologia temem que com a queda sistemática do índice a doença possa voltar. O último caso de pólio no Brasil foi registrado em 1989. Recentemente, nos Estados Unidos, onde não havia casos de pólio desde 1993, um caso foi confirmado. Também foram encontrados vírus da pólio no esgoto de Londres.
A vacinação contra a poliomielite é destinada a crianças menores de 5 anos. A multivacinação é para crianças e adolescentes menores de 15 anos e segue o previsto no calendário do Ministério da Saúde. A pasta espera vacinar 14,3 milhões de pessoas contra a pólio.
Para crianças, estarão disponíveis vacinas contra a hepatite A e B, pneumonia, poliomielite, meningite, rotavírus, difteria, tétano, coqueluche, febre amarela, sarampo, rubéola, varicela, vírus HPV, além da DTP, a tríplice bacteriana. Todas as vacinas têm registro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Segundo o ministério, a partir dos 3 anos, as vacinas de covid-19 podem ser administradas de forma simultânea ou com qualquer intervalo com os demais imunizantes.
No lançamento da campanha, no domingo 7, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pediu às famílias que levem as crianças para vacinar. “Peço aos pais que levem seus filhos para as salas de vacinação. É inaceitável que, hoje, no século 21, 100 anos depois do esforço extraordinário de Oswaldo Cruz para introduzir esses conceitos sanitários no Brasil, nós tenhamos ainda crianças com doenças que podem ser evitáveis por vacina”, afirmou.
Uma jornalista gordinha tonta da Jovem Pan passou vergonha no débito e no crédito quando “desinformou” que eram 40 milhões de crianças.