No Brasil, o tempo de espera para um transplante de coração foi menor que 30 dias para 72 pacientes da lista, o equivalente a 27,5% das pessoas que foram transplantadas.
Os dados são do Ministério da Saúde e foram calculados de 1º de janeiro a 27 de agosto, dia em que o apresentador Fausto Silva, o Faustão, foi transplantado. Para 65 pacientes, a média de espera foi de 30 a 90 dias.
Na média geral, 52,3% dos pacientes receberam transplante de coração em até três meses, segundo os dados do Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde.
Como funciona a fila de transplante de coração no Brasil
O Brasil é o país com o maior sistema público de transplantes de órgãos do mundo. E 90% das cirurgias atendem à rede pública.
O transplante de coração é um procedimento que precisa ser feito com agilidade. “As pessoas que entram na lista são pessoas com necessidades urgentes”, diz a coordenadora-geral do Sistema Nacional de Transplantes, Daniela Salomão
O sistema tem critérios para priorizar os pacientes, como gravidade da situação de saúde, compatibilidade sanguínea, peso e altura. “Por exemplo: paciente fez um transplante hoje e aquele coração transplantado não funcionou bem. Este paciente terá o maior nível de prioridade”, explica Daniela.
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Além do transplante que não foi bem-sucedido, também é uma prioridade máxima na fila o paciente que está utilizando uma circulação extracorpórea (equipamento que ajuda a bombear sangue pelo corpo). Há ainda os pacientes que estão usando droga vasoativa, que ajuda o coração a ter mais força para bombear sangue em um período de mais de seis meses.
Em terceiro lugar, estão os pacientes com medicação vasoativa por um período inferior a seis meses. Em seguida, vêm os pacientes que estão em casa aguardando o transplante de coração.
Os critérios são organizados dentro de um sistema informatizado. Quando o paciente que precisa do transplante é inserido na fila do sistema, todos os dados relevantes para o transplante, como o tipo sanguíneo e a condição de saúde, são informados.
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Quando os dados do doador são inseridos, o sistema informatizado gera a lista de pacientes aptos a receberem o coração. O sistema faz isso por meio de algoritmos que consideram os critérios para a cirurgia.
A lista de pacientes e doadores de transplante de coração no Brasil é única e vale tanto para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) como para os que fazem tratamento na rede privada. Segundo o Ministério da Saúde, o sistema é auditável e pode ser apurado quando houver qualquer atualização incorreta na lista de transplantes.
O número de transplantes de coração cresceu 16% no Brasil no primeiro semestre de 2023 em relação ao mesmo período de 2022, com um total de 206 cirurgias realizadas no período.
esse sistema é auditável ! Já o outro…