Medido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), o Índice de Confiança Empresarial (ICE) apresentou alta pela quarta vez seguida. De acordo com o relatório divulgado nesta segunda-feira, 2, o indicador teve crescimento de 3,1 pontos em julho, marcando 101,9 pontos no sétimo mês de 2021 — trata-se do melhor nível desde junho de 2013. A escala vai de 0 a 200, e valores acima de 100 significam confiança.
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“O ICE rompe em julho a barreira de neutralidade dos 100 pontos, com alta de confiança nos quatro grandes setores pesquisados”, analisa Aloisio Campelo Jr., superintendente de Estatísticas do FGV-Ibre. “Apesar do número agregado favorável, percebe-se ainda bastante heterogeneidade nos resultados. No Setor de Serviços, a percepção sobre a situação atual continua fraca, e a boa notícia é o retorno do otimismo em relação aos próximos meses em segmentos como Alojamento e Alimentação, dois dos que vêm sofrendo mais durante a pandemia. A confiança do Comércio ultrapassou os 100 pontos com avaliações muito favoráveis sobre o presente em segmentos como Materiais de Construção e Veículos, Motos, Partes e Peças e mais fracas nos Súper e Hipermercados. A Indústria, setor com desempenho mais consistente nos últimos meses, continua enfrentando problemas no abastecimento de importantes insumos.”
O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) aumentou 1,6 ponto, atingindo 99,7 pontos, ficando no melhor patamar desde outubro de 2013. O Índice de Expectativas (IE-E) subiu 3,0 pontos, para 103,9 pontos, o maior valor desde junho de 2013.
Todos os grandes setores que integram o ICE tiveram alta no mês e, pela primeira vez, eles registram resultados superiores aos do período pré-pandemia, algo até então alcançado somente pela indústria.