O atleta Luiz Maurício da Silva, terceiro-sargento do Exército brasileiro, se classificou à final do lançamento de dardo da Olimpíada de Paris, nesta terça-feira, 6.
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Com um arremesso de 85,91 metros, o novo recorde sul-americano, o Brasil voltou a uma disputa derradeira da qual não participa desde os Jogos de Los Angeles 1932, há 92 anos. A final ocorre na próxima quinta-feira, 8, às 15h25 (de Brasília).
Nascido em Juiz de Fora (MG) em 2000, Luiz Maurício, de 24 anos, iniciou sua trajetória no atletismo em 2012, no projeto Cria da Universidade Federal de Juiz de Fora. O lançamento de dardo é uma das modalidades do atletismo.
Durante a pandemia de covid-19, com o centro de treinamento fechado, ele improvisou os treinos na rua de sua casa.
Trajetória no Exército e conquistas
Ainda em 2020, o atleta foi convidado pelo Exército brasileiro para participar do Programa de Alto Rendimento, do Ministério da Defesa. Com a impossibilidade de treinar em Juiz de Fora, ele foi para o Rio de Janeiro (RJ) para usar as instalações da Confederação Brasileira de Atletismo. Atualmente, ele é terceiro-sargento do Exército.
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Luiz tem títulos importantes em competições estaduais, nacionais e internacionais. Ele conquistou a medalha de prata no Pan-Americano sub-20, de 2019, e a de ouro no Troféu Brasil de Atletismo adulto, em 2020.
Desde fevereiro, Luiz faz parte do Praia Clube de Uberlândia. O clube intensificou o investimento em esportes olímpicos e paraolímpicos e conta com 20 atletas em Paris 2024.
História do lançamento de dardo brasileiro
Numa época em que não havia etapa classificatória, o primeiro brasileiro a competir uma Olimpíada no lançamento de dardo foi Willy Seewald, em Paris 1924. Ele terminou na 18º posição, com arremesso de 49,39 metros.
Em Los Angeles 1932, Heitor Medina competiu a derradeira e melhorou a posição do país. Ele foi o 11°, com lançamento de 58 metros. Desde então, o Brasil não chegou a nenhuma final da modalidade.
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O país só voltou a ter um representante na disputa em casa, nos Jogos do Rio 2016. Júlio César de Oliveira, no entanto, terminou em 16°, sem vaga na final.
Além do finalista Luiz Maurício da Silva, outro brasileiro disputou a classificatória, em Paris 2024. Pedro Henrique Rodrigues, que é terceiro-sargento da Força Aérea Brasileira (FAB), conseguiu sua melhor marca nos 79,46 metros, ficou em 19º e se despediu da disputa.
Parabens, vencendo pelo merito .