Técnicos do governo apontam o desinteresse de algumas Secretariais Estaduais de Saúde em revisar os números da covid-19
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O gabinete de crise que administra e monitora o enfrentamento do coronavírus tem todas as ferramentas para evoluir. Inclusive, dar mais transparência e alento aos brasileiros. É o que recomenda a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP). Ela fez sugestões relevantes à Casa Civil, responsável pela coordenação. Entre elas, a de corrigir periodicamente os dados oficiais de pessoas mortas e contaminadas pela covid-19.
O Centro de Coordenação das Operações do Comitê de Crise da Covid-19 tem toda uma estrutura de computadores ligados a um programa de business intelligence. O sistema é tão sofisticado que torna possível a revisão de números pregressos referentes ao coronavírus. Contudo, isso ainda não está implementado.
Por recomendação de Zambelli, o governo sinalizou os esforços para manter os dados sempre transparentes. Para isso, vai ter de recolher dados de dias anteriores e dependerá de algumas secretarias de Saúde estaduais. O problema é a boa vontade das pastas. Técnicos do governo apontam o desinteresse de algumas delas em revisar os números.
Morte negativa
Um caso recente relatado a Zambelli pelo governo aponta um episódio de “morte negativa”. Em um dos dias consultados no sistema, é possível identificar -1 morte em um Estado. O caso atípico decorre de situações em que a secretaria estadual relata um caso de morte por coronavírus por falso positivo. Ao corrigir o teste, descobre-se que a morte ocorreu por outro fator.
Ainda não é possível garantir se esse tipo de situação é um caso corriqueiro ou não. Por via das dúvidas, a recomendação de Zambelli é para que os dados sejam “auditados” constantemente. “Comentei que poderiam começar a contabilizar esse número, porque parte da população anda desconfiada. É importante para toda a população essa revisão”, destaca.
Carla Zambelli está certíssima. Não acredito nos números divulgados pelos Estados e Municípios. As Secretaria Estaduais e Municipais são paus mandados dos Governadores e Prefeitos. Minha amiga perdeu uma irmã (em Ribeirão Preto), acometida de infarto fulminante (já era cardíaca há muitos anos) e no Atestado de Óbito xonstou Corona Virus. A família reclamou mas disseram que eram orden do Dorinóquio. A família está inconformada. Será que se houver indenizações futuras por causa do Corona (como o Witzel fez no Rio) a família terá direito?