A hashtag “BrasilComBolsonaro” aglutina as demandas; internautas também criticam cobertura enviesada dos dados referentes às mortes por covid-19
Depois de o presidente Jair Bolsonaro anunciar ontem o lançamento do protocolo para o uso da hidroxicloroquina em casos de covid-19, as redes sociais se movimentaram em favor da medida.
Conforme noticiou Oeste, o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, divulgou hoje as novas orientações sobre o medicamento. A partir de agora, a droga não ficará restrita aos quadros graves da doença.
Mas outros acontecimentos chamaram a atenção dos internautas. Circula na internet um artigo publicado num grande jornal que propõe a regulamentação das redes sociais. A proposta gerou críticas.
Além disso, o enfoque midiático sobre as estatísticas das mortes em razão da covid-19 foi qualificado pela voz das redes como “enviesado”.
Em vez de afirmar que os 1.117 óbitos registrados nas últimas 24 horas eram a soma de muitos dias, setores da mídia preferiram dar a impressão de que todos ocorreram ontem.
Monitoramento de redes
Enquanto esta reportagem é redigida, a hashtag “BrasilComBolsonaro” está nos trending topics do Twitter, ao somar mais de 227 mil engajamentos. Começou tímida na noite de ontem, mas ganhou força nesta manhã.
Também adquire musculatura “Tubaína”, atualmente com 57,2 mil perfis tuitando a respeito. A referência faz alusão ao que o presidente disse ontem: “Quem for de direita toma cloroquina; de esquerda toma Tubaína”.
Bolsonaro e o ex-ministro Osmar Terra (MDB-RS) são as principais personagens responsáveis pelo impulsionamento das hashtags no Twitter.
Quem for de direita, toma cloroquina, já os de esquerda, toma tubaina… tomem o q quiser poha, só não vale é comemorar, achar bom q a natureza tenha colocado o vírus pra implantar o comunismo como quer o Luladrão e sua tchurma… @jairbolsonaro tem razão#BrasilComBolsonaro https://t.co/G1mWRqgTVj
— Simone (@Simone74235286) May 20, 2020
#BrasilComBolsonaro https://t.co/S4xN0uxbPY
— Iran Bomfim (@BomfimIran) May 20, 2020
No Facebook, a maior adesão aos termos se concentra nas páginas de Bolsonaro e movimentos de direita. Quatro horas depois de o presidente publicar a informação dos protocolos, o post recebeu 85 mil curtidas, 11,5 mil comentários e 6,7 mil compartilhamentos.
Diferentemente do que tem observado Oeste nos mais recentes movimentos pró-governo que ocorrem na internet, a campanha mostrou vigor no Instagram. Atualmente, 60 mil perfis publicaram algo envolvendo a hashtag — em casos anteriores, não passaram de 100.
Em síntese, isso quer dizer que o discurso do presidente continua a todo o vapor nas redes sociais. E a população, vigilante.
A fala do presidente sobre a cloroquina não repercutiu apenas nas redes mas também no Google. Ontem, o termo “Tubaína” foi o segundo mais pesquisado no Brasil, com mais de 100 mil buscas.
Nas últimas 24 horas, todos os Estados fizeram pesquisas relacionadas à palavra. Os três mais interessados foram (na sequência): Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte.
O que se fala na imprensa e na mídia alternativa?
O monitoramento de Oeste mostrou que a cobertura de veículos tradicionais tem focalizado os efeitos colaterais da hidroxicloroquina. Além disso, prevalece nesse espaço a narrativa alarmista referente às mortes por covid-19, sobretudo nas últimas 24 horas.
Por outro lado, páginas de direita mantiveram o foco na explicação do ex-ministro Osmar Terra, que trouxe à tona a tese segundo a qual os números divulgados ontem são a soma de vários dias. E não os óbitos que ocorreram de uma vez.
Obtiveram melhores predições, portanto com mais chance de acesso no Google, as matérias dos blogs e sites alternativos. Um resultado que vem sendo observado por Oeste em várias análises.
A FOX precisa urgentemente entrar no Brasil. Não bastasse a #GloboLIXO, temos agora a #CNNLIXO que segue a mesma linha esquerdopata. Nos Estados Unidos a CNN tem a concorrência da FOX, Até o William Waack – de quem sempre fui admirador- começa a demonstrar que mudou o foco. Não é possível que um jornalista que se preze tenha se vendido dessa forma. A grana deve ter sido alta.
A imprensa não se conforma com a perda da publicidade governamental e quer porque quer pressionar o governo, pois perderam sua essência de informação imediata diante da instantaneadade da internet. As tiragens vêm caindo sucessivamente e grandes jornais e revistas estão se tornando meros pasquins de notícias atrasadas e pior tendenciosas. O jornal tradicional não serve hoje nem pra embrulhar peixe, talves pra pegar cocô de cachorro.
Regular as mídias sociais é idéia de um colunista idiota que escreve num jornal comunista. Quanto ao uso da cloroquina está corretíssimo desde que o médico previamente avalie a possibilidade do uso pelo paciente e obviamente com a concordância do mesmo.
A “imprensa tradicional” não faz jornalismo, mas sim militância, ilações e distorções de fatos. É óbvio o discurso ante governo, e negação da verdade.
Reflexo disso é a falta de credibilidade causada por si própria. Cogitar a regulamentação das mídias digitais revela o autoritarismo. É querer calar aqueles que “ousam” mostrar a verdade.