Crimes contra trabalhadores que tentam sacar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) estão em alta no Brasil. Sites falsos com nomes muito parecidos com o oficial anunciam a liberação do saque, mas, na verdade, roubam dados pessoais dos usuários.
O FGTS é um valor (8% do salário) depositado mensalmente pelo empregador em uma conta do empregado. O trabalhador não tem a liberdade do controle do saque a qualquer momento e só pode realizá-lo em algumas situações específicas, como demissão sem justa causa, aposentadoria e compra de imóvel.
Os trabalhadores atraídos pelos criminosos colocam seus dados pessoais em sites falsos ou até mesmo por mensagens criminosas via SMS e WhatsApp. Os golpistas se passam por funcionários da Caixa Econômica Federal, solicitam dados e até mesmo “taxas” das vítimas.
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Além dessa falsa taxa, a vítima ainda pode ser lesada de outras maneiras. Com os dados roubados, os criminosos conseguem realizar a retirada do FGTS do trabalhador e também podem vender as informações para golpes futuros.
No fim de maio, a Polícia Federal desmantelou uma quadrilha que supostamente desviou recursos do FGTS de jogadores de futebol. Uma das vítimas, o atacante peruano Paolo Guerrero, que atuou no Brasil por Corinthians, Flamengo, Internacional e Avaí, teve R$ 2,3 milhões retirados fraudulentamente.
Como se proteger de golpes do FGTS?
Para evitar cair em golpe desse tipo, é preciso desconfiar de mensagens inesperadas, seja via SMS ou WhatsApp. Também é preciso evitar clicar em links suspeitos enviados por números desconhecidos e sempre é necessário pesquisar os canais oficiais do governo, antes de preencher seus dados no primeiro site em que entrar.
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Nunca forneça dados bancários, CPF, RG, foto de cartão de crédito ou senhas por mensagem. Por mais que o site ou a conversa pareça com os canais oficiais do governo, cheque se realmente é. A Caixa realiza diretamente os saques do FGTS, sem intermediários.
Para quem acredita que caiu em um golpe do FGTS, será necessário conferir o extrato da Caixa e ver se identifica saques não realizados por você. Caso isso realmente tenha acontecido, será preciso reunir as informações disponíveis, como conversas, e registrar um boletim de ocorrência (BO). Com o BO em mãos, a vítima deverá ir a uma agência da Caixa e abrir uma contestação de saque. O banco tem até 60 dias para analisar e responder o pedido.