A cuidadora do Mario Jorge Lobo Zagallo, ex-técnico da Seleção Brasileira, alegou assédio moral durante a jornada de trabalho e quer indenização de R$ 190 mil da família do ídolo do futebol nacional.
O campeão do mundo estava internado no Hospital Barra D’Or, no Rio de Janeiro. Ele morreu de falência múltipla dos órgãos, no dia 5 de janeiro de 2024, aos 92 anos.
A família do ex-técnico, no entanto, ofereceu R$ 18 mil para a colaboradora. Ela recusou o acordo no processo, que tramita na 42ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro.
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Além disso, a mulher também acusou os responsáveis do ex-treinador de não oferecer condições adequadas para descanso durante a jornada de trabalho. Ela disse que dormia em um colchão no chão, ao lado de Zagallo.
De acordo com a enfermeira, muitas vezes ela precisava acordar no meio da noite para poder levar o ex-técnico ao banheiro. Ela afirmou que não podia realizar essa atividade sozinha.
No processo, a cuidadora também disse que precisava estar à disposição 24 horas por dia, inclusive no seu período de descanso. A mulher acusou o filho de Zagallo, Mário César, de utilizar um tom “ríspido e agressivo” nas abordagens.
Ela classificou o cenário como um “ambiente de trabalho hostil e humilhante”, com uma “conduta abusiva” dos empregadores.
Cuidadora de Zagallo havia pedido R$ 328 mil da herança do ex-treinador
A cuidadora de Zagallo pediu, no começo do processo, um total de R$ 328 mil da herança do ex-técnico. A ação corria em segredo de Justiça no Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro. As autoridades abriram o processo depois da morte do ex-treinador.
De acordo com a enfermeira, ela estava ao lado da lenda do futebol brasileiro até o dia da morte. Ela deu entrada com as medidas legais no mês de abril e cobrou:
- Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS);
- multas;
- 13º salário;
- férias proporcionais e vencidas;
- diferenças salariais;
- verbas rescisórias;
- horas extras; e
- indenização por assédio moral.
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Hei, você aí… me dá um dinheiro aí…