A defesa de Deolane Bezerra se posicionou, em nota, sobre a prisão da advogada e influenciadora digital, na manhã desta quarta-feira, 4. De acordo com os profissionais, ela está pronta para “esclarecer todos os fatos” à Justiça.
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Deolane foi presa durante uma operação da Polícia Civil de Pernambuco com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa. Os criminosos estariam envolvidos em lavagem de dinheiro e jogos ilegais.
Dayanne Bezerra, irmã de Deolane, informou nas redes sociais que os agentes também prenderam a mãe delas, Solange Bezerra. Solange passou mal depois da prisão e foi ao hospital.
O que diz a defesa
Em nota, o escritório Adélia Soares Advogados, que representa Deolane e sua mãe, disse que a investigação corre em segredo de Justiça. Afirmou, ainda, que tomará medidas contra quem divulgar informações falsas ou confidenciais.
O escritório ressaltou que a divulgação de detalhes do processo “não só desrespeita o direito à privacidade da investigada, como também pode configurar violação de segredo de Justiça”. Isso sujeitaria os responsáveis às devidas sanções legais.
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“Ressaltamos que a Dra. Deolane Bezerra tem plena confiança na Justiça e permanece à disposição para colaborar com as autoridades competentes, de modo a esclarecer todos os fatos”, diz a nota. “Além disso, informamos que o corpo jurídico da Dra. Deolane já está tomando todas as providências cabíveis para garantir o respeito ao sigilo processual e para responsabilizar aqueles que, porventura, estejam divulgando informações inverídicas ou confidenciais de forma indevida.”
A prisão de Deolane Bezerra
A prisão da empresária, advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra ocorreu em Boa Viagem, zona sul do Recife. A ação da polícia tem o objetivo de desmantelar uma organização criminosa que praticava lavagem de dinheiro e jogos ilegais.
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O órgão informou que encaminhou Deolane o Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), em Afogados, zona oeste da cidade.
A operação, denominada Integration [Integração, em tradução livre], teve início em abril de 2023. Além da prisão de Deolane, foram emitidos 18 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão nas cidades de Recife, Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba e Goiânia.
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A Polícia Civil também anunciou o sequestro de bens, incluindo carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações. Além disso, houve bloqueios de ativos financeiros que somam mais de R$ 2,1 bilhões, entrega de passaportes e suspensão e cancelamento de registros de armas de fogo.
A investigação contou com a colaboração da Interpol e da Polícia Cvil de São Paulo, Paraná, Paraíba e Goiás, mobilizando um total de 170 policiais.