O desaparecimento do helicóptero com destino a Ilhabela, no litoral norte de São Paulo, completou dez dias nesta quarta-feira, 10. A aeronave sumiu em 31 de dezembro, quando decolou do Aeroporto Campo de Marte, na zona norte da capital paulista.
Apesar das buscas oficiais lideradas pela Força Aérea Brasileira (FAB) e com participação da Polícia Militar (PM), da Polícia Civil e do Exército, não há sinais da localização do helicóptero. A área percorrida por sobrevoos tem 5 mil km².
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A aeronave transportava três passageiros, além do piloto, Cassiano Tete Teodoro: o empresário Raphael Torres, de 41 anos, a vendedora Luciana Marley Rodzewics Santos, de 46 anos, e a filha dela, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, de 20 anos.
O empresário, segundo a irmã dele, Herika Torres, fretou o voo para passar a virada de ano na cidade litorânea. O piloto convidou as outras duas passageiras para a viagem.
O que se sabe até agora sobre o desaparecimento do helicóptero
![desaparecimento helicóptero - A possibilidade de busca por terra foi, por enquanto, descartada pelas autoridades. A condição da mata, que é bastante fechada, dificulta a observação dos voos oficiais | Foto: Reprodução/FAB](https://medias.revistaoeste.com/qa-staging/wp-content/uploads/2024/01/imagem_do_whatsapp_de_2024-01-08_as_19.53.15_655f6b42ebc-enhance.jpg)
Segundo a Polícia Militar, o alerta do sumiço do helicóptero ocorreu por volta das 22h40 de 31 de dezembro. O último contato do piloto com os responsáveis pelo tráfego aéreo teria ocorrido por volta das 15h10.
As condições climáticas não ajudaram Cassiano, que sobrevoava a região da Serra do Mar. A passageira Letícia gravou um vídeo que registrava, por volta das 14h, uma forte neblina ao redor da aeronave. Ela enviou ao namorado e disse que estava perigoso, com “muita neblina”.
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O piloto, que fretou o voo, contatou o filho e disse que talvez mudaria o destino da viagem. “Filho, eu vi que você leu a minha mensagem agora, acho que vou para Ubatuba”, disse Cassiano. “Ilhabela está ruim. Não consigo chegar.”
A possibilidade de busca por terra foi, por enquanto, descartada pelas autoridades. A condição da mata, que é bastante fechada, dificulta a observação dos voos oficiais. O Corpo de Bombeiros afirmou que, apesar de possuir equipes prontas para uma incursão terrestre, só atuaria se houvesse coordenadas específicas do local.
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Diante disso, a família de Cassiano, em parceria com a empresa CBA Investimentos, operadora do helicóptero, fez buscas paralelas em solo, desde o dia 1º de janeiro, com mateiros contratados. Os profissionais utilizam drones, binóculos e outros equipamentos.
A PM tem utilizado os helicópteros Águia 12, o 24 e o 33. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, tais helicópteros já sobrevoaram as regiões de Paraibuna, Natividade da Serra, Redenção da Serra, Caraguatatuba e São Luiz do Paraitinga. Por ora, a ação não obteve qualquer indício da aeronave desaparecida.
Possibilidade do helicótero ter caído no mar
O celular de Luciana parou de emitir sinais às 22h14 de 1º de janeiro, conforme informações da Polícia Civil. Portanto, não haveria possibilidade do helicóptero ter caído no mar, segundo o delegado Paulo Sérgio Pilz. Ele falou sobre o assunto em entrevista ao programa Brasil Urgente, da TV Band, no sábado 6.
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