Renato Feder, secretário da Educação do governo Tarcísio, declarou na quarta-feira 27 que se arrepende de ter aberto mão dos livros didáticos do governo federal, em julho. “Foi um dos grandes erros da minha vida”, disse.
Depois de ter sofrido inúmeras e duras críticas, ele recuou, e SP voltou a aderir ao Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). A decisão “não era inteligente”, ponderou Feder ontem.
Aproveitando a oportunidade
O titular da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc) deu essas declarações em uma sessão do Conselho Estadual de Educação. Na ocasião, novos conselheiros tomaram posse.
Esse conselho é composto por especialistas cuja responsabilidade é regular e aconselhar a respeito das políticas estaduais de Educação. Sua nomeação fica a cargo do governador.
‘Mea culpa’
Feder aproveitou o momento de boas-vindas aos recém-chegados para falar de suas ações como secretário. Não se furtou de recordar o fatídico episódio do meio do ano.
“Acho importante falar sobre a decisão errada que tomei em relação ao PNLD”, disse, introduzindo o assunto. “A não adesão foi um dos grandes erros da minha vida.”
O secretário havia retirado as escolas estaduais paulistas do PNLD. Neste programa, o Ministério da Educação (MEC) compra e envia os livros didáticos que as escolas da rede pública escolheram anteriormente, em todo o país.
Problemas na forma e no conteúdo
No lugar dos livros didáticos impressos, Feder queria utilizar o material digital que uma equipe própria da Seduc produziu. Críticas à escolha em si e a erros crassos que as apostilas digitais apresentavam levaram o governo Tarcísio a recuar, aderindo ao PNLD.
“Eu recuei, vi que [a opção] não era inteligente”, reconhece o secretário. Apesar disso, “veio uma enxurrada de más notícias, notícias falsas, uma avalanche” em cima dele.
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