O roubo de uma loja de eletrônicos e câmeras de segurança gerou um prejuízo de R$ 300 mil ao dono do comerciante José Carlos de Souza. O crime ocorreu no último sábado, 27. Os criminosos, em sua maioria, vieram da região da cracolândia, no Centro de São Paulo.
O comerciante se queixou da “falta de ação do Poder Público” na região central para deter a violência que parte dos usuários de drogas, segundo o portal g1. Quase 100% dos produtos foram roubados, de acordo com Souza.
Leia também: “Tarcísio transforma parte do centro histórico da capital paulista em ‘distrito turístico urbano’”
Diante das ações criminosas, ele decidiu fechar a loja. O comerciante atua no Centro paulistano há 25 anos. O fluxo da cracolândia se transferiu para o bairro Santa Ifigênia, local de grande concentração de comércios de eletrônicos — e onde ele mantinha ponto comercial nos últimos tempos.
Além de saquearem a maior parte dos produtos da loja de Souza, os usuários de drogas deixaram as prateleiras vazias e destruíram outras. O portão do estabelecimento foi completamente depredado.
Leia também: “O teatro da segurança de Lula”, reportagem de Silvio Navarro publicada na Edição 190 da Revista Oeste
“Acabei de vir do hospital”, contou Souza, que sentiu a pressão arterial alterar depois da ocorrência. “Fechamos três lojas, agora mais uma. É uma zona tomada pelos bandidos, não há segurança.”
O crime levou alguns minutos, o suficiente para os bandidos roubarem praticamente todos os produtos da loja de eletrônicos. Segundo o comerciante, “não sobrou nem um parafuso”.
Ele também mencionou o fato de haver certa burocracia no chamado da polícia. “Tivemos o caso de um vizinho que viu acontecer, chamou a Guarda Civil Metropolitana (GCM)”, relatou. “Disseram que é caso da Polícia Militar, para ligar para o 190. E nos deixaram ser saqueados.”
O que dizem as autoridades sobre o caso da loja saqueada na cracolândia
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse, no domingo 28, que vai colocar mais 500 guardas civis metropolitanos nas ruas do Centro da capital paulista. Segundo o emedebista, a escalada da violência na região central preocupa as autoridades da cidade que têm “trabalhado todos os dias para vencer esse problema gravíssimo”.
Leia mais: “Ex-chefe da segurança de Lula é nomeado para diretoria da Polícia Federal”
O prefeito anunciou algumas medidas, entre elas, a instalação das câmeras; o Smart Sampa, cujo investimento chega a R$ 9 milhões por mês; a introdução de 500 GCMs na rua; 230 veículos normais; e 280 veículos da Guarda Civil Metropolitana.
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Segurança Urbana informou que a GCM encaminhou, na manhã de domingo 28, quatro pessoas com objetos eletrônicos sem procedência para o 2º Distrito Policial, na região central da cidade de São Paulo.
+Leia mais notícias do Brasil em Oeste
As filmagens das câmeras de segurança mostraram o momento em que os bandidos invadiram a loja, depredaram o portão principal e levaram a maioria dos produtos do ponto comercial. Algumas das pessoas perceberam o crime e correram, enquanto outras aproveitaram e invadiram a loja.
Leia também: “Brasil, o país onde o crime compensa”, artigo de J. R. Guzzo publicado em Oeste
Pede o padre, pra pagar!