O técnico Dorival Júnior divulgou nesta sexta-feira, 1, na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro, a primeira lista de convocados para a Seleção Brasileira desde que assumiu o cargo, em 10 de janeiro último.
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Ao lado do novo coordenador-executivo de futebol, Rodrigo Caetano, ele apresentou algumas novidades em relação às convocações anteriores. Sete dos convocados atuam no Brasil. Ele manteve, porém, a base da equipe, que não tem obtido bons resultados ultimamente.
As novidades foram o retorno do meia Lucas Paquetá (West Ham), antes vetado por suspeita de envolvimento em apostas, e as primeiras convocações do goleiro Rafael e do volante Pablo Maia, que foram comandados no ano passado por Dorival no São Paulo.
O jovem Savinho, atacante do Girona, da Espanha, também foi chamado pela primeira vez. Wendell, do Porto, de Portugal, havia sido incluído em uma lista da Seleção em 2016.
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Por ter se contundido no joelho, em 17 de outubro, contra o Uruguai, o principal jogador do time, Neymar (hoje no Al-Hilal), passou por cirurgia e, em recuperação, é desfalque até pelo menos agosto.
A lista é composta dos seguintes jogadores:
- Goleiros: Bento (Athletico-PR), Éderson (Manchester City) e Rafael (São Paulo)
- Laterais: Danilo (Juventus-ITA), Yan Couto (Girona), Ayrton Lucas (Flamengo) e Wendell (Porto)
- Zagueiros: Beraldo (PSG), Gabriel Magalhães (Arsenal), Marquinhos (PSG) e Murilo (Palmeiras)
- Meias: André (Fluminense), Andreas Pereira (Fulham), Pablo Maia (São Paulo), Casemiro (Manchester United), Bruno Guimarães (Newcastle), Douglas Luiz (Aston Villa), João Gomes (Wolves) e Lucas Paquetá (West Ham)
- Atacantes: Endrick (Palmeiras), Gabriel Martinelli (Arsenal), Richarlison (Tottenham), Raphinha (Barcelona), Savinho (Girona), Rodrygo (Real Madrid) e Vinícius Jr. (Real Madrid)
“Nenhuma reformulação pode ser feita de maneira radical, toda reformulação necessita de uma mudança contínua e pautada em cima do reconhecimento que alguns atletas que fizeram nos últimos anos por merecimento”, afirmou o treinador.
A convocação visa aos dois próximos jogos da Seleção Brasileira, contra a Inglaterra, em Wembley, Londres, no próximo dia 23, e a Espanha, no Estádio Santiago Bernabéu, em Madrid, no dia 26.
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Dorival aceitou o desafio de comandar a Seleção Brasileira em meio a um dos momentos mais difíceis na história da equipe nacional.
Depois da frustração com mais uma eliminação na Copa do Mundo, em 2022, diante da Croácia, nas quartas de final, a CBF viveu momentos de indecisão na busca de um novo treinador, já que Tite, o anterior, havia adiantado que deixaria a equipe depois do último Mundial.
Frustração com a aposta em técnico do Real Madrid
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, inicialmente, apostou na chegada do consagrado italiano Carlo Ancelotti (Real Madrid), na expectativa de que ele viesse no meio deste ano.
Colocou Ramon Menezes como interino e depois chamou Fernando Diniz para preencher a vaga até a chegada de Ancellotti. Mas a estratégia não se mostrou eficaz, e, no fim de dezembro de 2023, Ancellotti renovou com o clube espanhol.
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Nos dois primeiros jogos pós-Copa, com Ramon Menezes como técnico interino, o Brasil foi derrotado por Marrocos, por 2 a 1, venceu por 4 a 1 a Guiné e depois perdeu novamente, por 4 a 2 para o Senegal.
Diniz, badalado por seu esquema considerado inovador no Fluminense, não conseguiu implantá-lo na Seleção e, sem consistência, o time teve uma sequência de três derrotas nas Eliminatórias, para Uruguai, Colômbia e Argentina, algo inédito. Ficou assim, na incômoda sexta colocação na tabela de classificação para a próxima Copa do Mundo.
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A missão de Dorival, agora, é ajudar a restabelecer a imagem vitoriosa da Seleção Brasileira, com esses difíceis amistosos e com a Copa América no meio do ano. Depois, recolocar a equipe em posições mais confortáveis nas Eliminatórias, a partir do próximo jogo contra o Equador, em 5 de setembro.
“Queremos uma Seleção Brasileira que volte a nos representar de maneira séria, focada, concentrada e com consciência da importância que é [para cada jogador] vestir uma camisa vencedora como essa.”
Só pode ser piada. Conocar o cavalo Murilo do time da Vila Pompéia e deixar o Murillo do Totenham de fora. A direrença é abissal. Sendo que o Murillo (ex- Corinthians ) não fratura costela de adversários.